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Ex-chefe de segurança da China é condenado à prisão perpétua por corrupção

Zhou Yongkang chefiava as forças policiais, a inteligência, a polícia paramilitar, juízes e procuradores. Ele é o mais alto funcionário público chinês já condenado por corrupção

Por Da Redação
11 jun 2015, 09h18

O ex-chefe de segurança da China, Zhou Yongkang, foi condenado nesta quinta-feira à prisão perpétua por corrupção, reporta a rede BBC. Zhou, de 73 anos, já foi um dos homens mais poderosos da China e é o mais alto funcionário chinês condenado por corrupção. Ele é ex-membro da elite do Comitê Permanente do Politiburo, o órgão supremo do Partido Comunista chinês, que o expulsou de seu quadro no ano passado.

Zhou foi considerado culpado de aceitar e praticar suborno, abuso de poder e por “divulgar intencionalmente segredos nacionais”. A Justiça chinesa considerou que ele aceitou subornos no valor de 21,3 milhões de dólares (mais de 65 milhões de reais). Todos os seus direitos políticos foram retirados e os seus bens confiscados.

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Durante seu mandato de cinco anos como chefe de segurança, Zhou era responsável pelas forças policiais, o aparato civil de inteligência, a polícia paramilitar, além de comandar juízes e procuradores. O orçamento de segurança interna chegou a ser maior do que os gastos em defesa. Mas Zhou se tornou poderoso demais e foi compulsoriamente aposentado durante uma mudança na liderança do partido em 2012. Neste mesmo congresso Xi Jinping, atual presidente da China, foi apontado como líder do partido.

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Depois disso, em 2013, ele foi colocado sob investigação e virou o símbolo máximo da grande campanha anticorrupção do presidente Xi. Zhou era suspeito de enriquecimento ilícito e mantinha um estilo de vida incompatível com os seus rendimentos. Segundo a BBC, Zhou declarou-se culpado em um julgamento a portas fechadas no norte da cidade de Tianjin, no nordeste do país. Ele e seus advogados não pretendem apelar da sentença. Por seu imenso poder e influência, Zhou é comparado por analistas a Edgar Hoover, o ex-diretor do FBI que comandou a polícia federal americana por 48 anos entre 1935 e 1972.

Campanha – Desde a ascensão de Xi ao poder, a China empreendeu uma incansável campanha anticorrupção que investigou uma centena de dirigentes ministeriais. O presidente chinês comprometeu-se a agir contra “moscas e tigres” – em referência a funcionários de baixa patente e aos políticos graduados -, não poupando ninguém, independentemente da sua posição. Apenas no ano passado mais de 4.000 altos funcionários da burocracia chinesa foram processados por corrupção. O afã de limpeza das práticas corruptas do governo não se limita ao âmbito político e chegou ao todo-poderoso Exército chinês, atingindo o seu ex-número dois Xu Caihou, falecido em março, que caiu em desgraça após protagonizar um dos maiores escândalos da história do país.

(Da redação)

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