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Retirada de rebeldes sírios tem início na cidade de Homs

Forças opositoras a Assad foram escoltadas para fora do seu último reduto na região central da Síria. Rebeldes se concentrarão, agora, ao norte do país

Por Da Redação
7 Maio 2014, 15h17

Teve início nesta quarta-feira a retirada dos rebeldes armados que se opõem ao ditador sírio Bashar Assad na cidade de Homs, o último reduto das forças guerrilheiras na região central do país. Segundo a rede britânica BBC, dois comboios de ônibus saíram escoltados do município para levar os rebeldes ao norte da Síria, onde forças da oposição mantêm pleno controle territorial. A retirada dos guerrilheiros é parte de um acordo entre o regime de Assad e opositores. Mediado pela ONU, o pacto também prevê a libertação de dezenas de reféns mantidos pelas forças contrárias ao governo.

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A evacuação dos rebeldes põe um fim a três anos de resistência contra o Exército de Assad em Homs. Apelidada de “capital da revolução” desde o início da guerra civil, há mais de três anos, a cidade foi completamente encurralada e destruída pelas forças governistas. Em fevereiro, o regime autorizou a saída de 1.400 civis sírios que moravam na cidade, mas a falta de garantias de segurança impediu a evacuação completa. De acordo com a BBC, os rebeldes e suas famílias estavam tristes e cabisbaixos enquanto deixavam o local que eles juraram manter sob o seu domínio. O acordo, no entanto, foi necessário depois do Exército controlar os arredores de Homs e impedir o acesso de suprimentos, incluindo comida, para os seus residentes.

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“O resto do mundo falhou conosco”, afirmou um dos rebeldes que recolhia os seus pertences antes de entrar no comboio. Um vídeo postado na internet mostra os guerrilheiros opositores, alguns com rostos cobertos, andando em fila até os ônibus. Eles eram observados por dezenas de homens uniformizados com jaquetas da polícia. Em frente aos ônibus estava estacionado um veículo branco com a sigla da ONU. Conforme prevê o acordo entre as partes, os rebeldes foram autorizados a levar apenas uma sacola e um rifle. Cada ônibus também podia transportar um morteiro.

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“Um dos meus amigos que deixou Homs disse que ele se sentia faminto e abandonava a cidade com muita dor no coração. Ele disse que sentiu sua alma ser retirada do corpo enquanto saía de Homs”, afirmou um ativista da oposição à agência France-Presse. O governador da cidade, Talal al-Barazi, disse que a operação será concluída ainda nesta quarta-feira. Ele explicou à agência estatal síria Sana que 2.000 pessoas serão evacuadas, sendo que as primeiras 600 a embarcarem nos comboios eram guerrilheiros e civis feridos. A única pendência está relacionada ao distrito de al-Wair, localizado na periferia de Homs. Acredita-se que 200.000 pessoas deslocadas de outras áreas vivem no local. Segundo a BBC, os rebeldes também respeitarão o cessar-fogo e abandonarão a região assim que obtiverem as garantias necessárias.

Outros acordos – Rebeldes que controlam a cidade de Aleppo, ao norte do país, autorizaram o envio de ajuda humanitária para duas cidades que estão sob o controle das forças de Assad, Nubul e Zahraa. Os municípios foram cercados por opositores armados durante a guerra civil. O acordo, que também foi mediado pela ONU e acertado após meses de negociações, prevê a libertação dos reféns feitos em Aleppo e na província de Latakia. Um relatório informou que ao menos um cidadão russo e diversas pessoas de cidadania iraniana são mantidos em cativeiro.

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