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EUA ainda buscam provas de que houve ataque químico

Departamento de Estado afirma que informações estão sendo reunidas para esclarecer massacre de civis ocorrido na quarta-feira, na região de Damasco

Por Da Redação
22 ago 2013, 17h36

Os Estados Unidos são incapazes de dizer que armas químicas foram usadas no ataque desta quarta-feira, perto de Damasco, na Síria. O Departamento de Estado reforçou que o presidente Barack Obama orientou as equipes de inteligência a reunir informações que ajudem a verificar as acusações feitas por grupos opositores contra o ditador Bashar Assad. “Neste exato momento, nós não temos como determinar de forma conclusiva o uso de armas químicas”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, nesta quinta-feira. “Estamos fazendo tudo o possível para esclarecer os fatos”.

Os rebeldes acusam as forças do regime de usar gás sarin contra a população. O Ministério sírio da Informação rebate dizendo que a denúncia é “absurda”. As imagens do sofrimento das vítimas – incluindo muitas crianças – com dificuldade para respirar correram o mundo nesta quarta. Fotos e vídeos mostraram corpos pálidos e sem sinais visíveis de ferimentos de artilharia, o que indicaria um ataque químico.

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No entanto, o material divulgado pelos grupos opositores não é, por si só, prova definitiva do uso de armas químicas. Jen Psaki explicou que os EUA estão em busca de informações com testemunhas, informações científicas e de inteligência para ter uma definição sobre o que aconteceu na Síria.

A dificuldade de se saber com clareza o que acontece no país comandado há décadas pela família Assad é grande, uma vez que há restrições ao trabalho de jornalistas. A entrada de observadores estrangeiros também é proibida. Uma equipe de inspetores das Nações Unidas chegou ao país no domingo para investigar outras denúncias de uso de armas químicas, em três localidades do país, e agora se vê diante de uma nova suspeita, ainda mais grave. Sem ter a certeza de que terá acesso ao local do ataque.

Nesta quinta, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que as denúncias devem ser investigadas sem atrasos. E reforçou o apelo ao regime Assad para que dê acesso aos inspetores. Em comunicado, o secretário também repetiu o apelo pelo fim das hostilidades, para que ajuda humanitária possa ser enviada o mais rapidamente possível à Síria. Trinta e sete países pediram que a equipe da ONU seja autorizada a investigar o local onde teria ocorrido o ataque químico.

Ban Ki-moon encarregou a alemã Angela Kane, alta representante para assuntos de desarmamento, de ir até Damasco para tentar persuadir Assad a assegurar acesso dos investigadores.

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Locais dos ataques com armas químicas na Síria

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A guerra civil na Síria se estende há mais de dois anos e ceifou pelo menos 100 000 vidas até aqui, segundo dados da ONU. Na quarta-feira, a dificuldade em determinar o número de mortos foi ainda maior, visto que até mesmo a contagem dos grupos opositores divergia, indo de 500 a 1 300 vítimas. Mesmo apresentando números diferentes, os grupos opositores concordavam que a causa da morte havia sido a inalação de gás venenoso. Já a organização Human Rights Watch fala em 130 mortos e sem comprovação do uso de armas químicas.

(Com agência Reuters)

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