EUA: Mulher que facilitou fuga de assassinos pode pegar até oito anos de prisão
Joyce Mitchell é acusada de fornecer as ferramentas usadas pelos fugitivos para abrir buracos na parede e na tubulação de esgoto da penitenciária
A funcionária da prisão que contribuiu para a fuga de David Sweat e Richard Matt, dois assassinos condenados, da penitenciária Clinton Correctional Facility, em Dannemora, no Estado americano de Nova York, foi formalmente acusada nesta segunda-feira de promover o tráfico dentro da instituição e de facilitar o crime. Joyce Mitchell, de 51 anos, forneceu serras e talhadeiras que Sweat e Matt usaram as ferramentas para abrir buracos nas paredes da cela onde cumpriam pena e na tubulação de esgoto que deu acesso ao lado externo da prisão.
Joyce é considerada a principal suspeita de facilitar a fuga dos presos e havia sido presa na sexta-feira. De acordo com as autoridades americanas, a funcionária teria sido seduzida por Matt, que tem 48 anos e um histórico de tentativas de fuga. Ela passou a crer que mantinha um relacionamento amoroso com o assassino e se propôs a conduzir o veículo em que ele e seu comparsa escapariam. No entanto, no dia em que os criminosos escaparam, Joyce teria se arrependido de fazer parte do plano e foi hospitalizada para tratar de um ataque de pânico.
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Vestida com o uniforme prisional, Joyce apareceu na corte sob um forte esquema de segurança e com colete à prova de balas. Ela se declarou inocente de todas as acusações. Se for condenada, pode pegar até oito anos de prisão.
Histórico – Sweat e Matt estão foragidos há dez dias. Mais de 800 policiais foram deslocados para procurar os assassinos na região que circunda a penitenciária, localizada a 32 quilômetros da fronteira com o Canadá. A operação custa aproximadamente 1 milhão de dólares por dia para as autoridades do condado de Clinton. Por meio de um comunicado, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse que “capturar esses assassinos e colocá-los novamente sob custódia continua sendo nossa principal prioridade”. “Contudo, é fundamentalmente importante examinar as circunstâncias que permitiram a fuga desses presos. Teremos tolerância zero com qualquer um que ajudou ou cooperou com esses criminosos, não importa o quão pequeno seja o seu papel [na fuga]”, afirmou.
(Com agência Reuters)