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EUA incluem milícia síria em lista de grupos terroristas

Organização jihadista Frente Al-Nusra atua contra o governo Bashar Assad. Mas, para as autoridades americanas, milícia trabalha a favor da Al Qaeda

Por Da Redação
11 dez 2012, 19h01

Os Estados Unidos incluiram formalmente na lista de organizações terroristas o grupo jihadista Frente Al-Nusra, que atua contra o governo Bashar Assad na síria. Com a formalização, as autoridades deverão congelar qualquer recurso que o grupo ou seus integrantes tiverem nos Estados Unidos. Também fica proibido aos americanos conceder apoio – incluindo dinheiro, armas ou treinamento – à milícia.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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As autoridades americanas consideram que a organização trabalha a favor da Al Qaeda. E citam as centenas de ataques reivindicados pelo grupo, que provocaram a morte de muitos civis. “Por meio desses ataques, a Al-Nusra tentou se mostrar como parte da legítima oposição síria enquanto, na verdade, é uma tentativa da Al Qaeda de sequestrar a luga do povo sírio para seus próprios propósitos malignos”, disse a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, em um comunicado.

As ações da milícia incluem mais de 40 ataques suicidas e o uso de explosivos nos principais centros do país, incluindo a capital Damasco, apontam as autoridades americanas. A decisão dos EUA é anunciada pouco depois de o grupo ter divulgado a tomada da base Xeque Suleiman, a última base do Exército sírio a oeste de Alepo.

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Coalizão opositora – A secretária de Estado Hillary Clinton decidiu incluir o grupo na lista de organizações terroristas ainda no dia 20 de novembro, informou o jornal The New York Times. O anúncio, no entanto, teria sido adiado para uma data mais próxima da reunião com países aliados que fazem parte do grupo Amigos da Síria. No encontro, que será realizado nesta quarta, no Marrocos, os EUA reconheceriam formalmente a oposição síria. Com um problema estomacal, Hillary não participará da reunião – o vice-secretário William Burns será o representante americano.

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A coalizão opositora, dominada pelo Conselho Nacional Sírio, já foi reconhecida oficialmente por países como França, Grã-Bretanha e Turquia. Os Estados Unidos não reconhecem a coalizão como um futuro governo provisório da Síria, mas consideram o grupo “representativo”.

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Em novembro, grupos opositores firmaram um acordo em Doha para formar uma coalizão nacional, dominada pelo Conselho Nacional Sírio. Na última semana, em uma reunião na Turquia, os rebeldes elegeram um novo comando militar, dominado por islamitas. A Al-Nusra não faz parte do comando militar. A exclusão seria uma tentativa de se distanciar dos extremistas que, mesmo sendo uma das maiores forças contra o governo Assad, é também motivo de preocupação no Ocidente – como demonstra a decisão dos EUA.

Mesmo assim, alguns grupos rebeldes criticaram as medidas tomadas contra o Al-Nusra e planejam uma manifestação a favor da milícia para a próxima sexta-feira. Por outro lado, há os que celebram a ação americana por acreditar que o povo sírio não quer a participação de grupos radicais no movimento contra o governo.

Outras milícias – O Tesouro americano também anunciou sanções contra duas milícias ligadas ao governo Assad, Shabiha e Frente al-Sha’bi.

Dois chefes do grupo Shabiha também foram alvo de medidas dos EUA: Ayman Jaber, que trabalha com as forças de Assad para obter armas, e Mohammad Jaber, que ajudou a levar membros da milícia para a Turquia, com o objetivo de atacar rebeldes sírios no país vizinho. As autoridades americanas consideram que a Frente al-Sha’bi tem ligações com o Irã e o Hezbollah.

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(Com agência Reuters)

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