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EUA fazem novo convite a Dilma para visita de Estado

Segundo a agência de notícias Reuters, governo americano espera aumentar comércio entre os países. Visita pode ocorrer este ano ou em 2016

Por Da Redação
24 mar 2015, 17h03

O governo Barack Obama reenviou um convite à presidente Dilma Rousseff para fazer uma visita de Estado a Washington, em um passo diplomático que autoridades americanas esperam que leve a um período de maior comércio entre as duas principais economias das Américas, informou a agência de notícias Reuters. Inicialmente, Dilma faria uma visita de Estado aos EUA em outubro de 2013, mas a viagem foi cancelada depois das revelações de que o governo americano havia espionado o brasileiro.

No dia 13 deste mês, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, refez o convite a Dilma, oferecendo a opção de escolher entre uma visita de Estado em 2016 ou uma viagem de alto nível, porém menos formal, ainda em 2015, uma vez que, segundo a Reuters, o calendário de visitas de Estado já está lotado este ano com as viagens dos líderes do Japão e da China.

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Além do caso envolvendo o programa de espionagem americano, revelado pelo ex-agente de inteligência Edward Snowden, os dois países discordaram nos últimos anos sobre várias questões de política externa, incluindo a recusa do governo brasileiro em criticar a Venezuela, mesmo com a perseguição do governo Nicolás Maduro a opositores.

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O convite para a visita de Estado, que seria a primeira de um presidente do Brasil a Washington desde 1995, é uma rara boa notícia atualmente para a presidente, cuja popularidade despencou desde a descoberta do escândalo de corrupção na Petrobras e diante dos problemas econômicos enfrentados pelo país. Além disso, as relações estremecidas entre uma potência e um país emergente são muito mais prejudiciais para o lado mais fraco da parceria. Assim, o Brasil precisa retomar o diálogo para fazer avançar parcerias diplomáticas e comerciais.

Relações bilaterais – Apesar dos problemas internos, e da agenda relativamente fraca para uma visita no momento, autoridades americanas acreditam que uma demonstração de apoio ao Brasil pode aumentar o acesso dos EUA à economia brasileira, que é cerca de 75% maior que a do México. “Apesar de nossas relações algumas vezes terem tido problemas, estamos apostando no sucesso e no aumento de importância do Brasil”, disse uma autoridade dos EUA.

Se no campo diplomático a relação é complicada, os brasileiros continuam muito interessados em viajar aos EUA – o consulado americano em São Paulo emite mais vistos do que qualquer outra missão do país no exterior, com quase 600.000 em 2014, cerca do dobro de 2010. Diplomatas costumam brincar que os turistas brasileiros sozinhos recuperaram a economia de Miami e Orlando nos últimos anos.

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Expectativas – Dilma já manifestou expectativa de que a visita resulte num relacionamento mais próximo no setor de defesa, incluindo transferências de tecnologia que podem ajudar empresas brasileiras, como a Embraer. O governo também deseja maior acesso da carne brasileira ao mercado americano, segundo uma autoridade.

O comércio bilateral totalizou 72 bilhões de dólares em 2014, alta de 20% em relação a 2010, com superávit de 12 bilhões de dólares a favor dos EUA, de acordo com o Departamento de Comércio americano. Os EUA são o segundo maior mercado de exportação do Brasil, atrás apenas da China.

Líderes empresariais de ambos os países têm feito lobby pelo fim das disputas. “Os setores privados dos nossos países estão bem à frente dos setores públicos em termos de integração”, disse Susan Segal, presidente do Conselho das Américas, organização com sede em Nova York com laços com empresas norte-americanas. Segundo ela, uma visita de Estado seria “um grande avanço”.

(Da redação)

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