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EUA e Rússia voltam a discordar sobre guerra na Síria

Após reunião, Obama e Putin defenderam negociações, mas expuseram divergências sobre regime de Bashar Assad

Por Da Redação
17 jun 2013, 22h53

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, divergiram abertamente nesta segunda-feira sobre a guerra civil na Síria, em um encontro bilateral realizado na Irlanda do Norte, onde ocorre a reunião de cúpula do G8 . Os dois concordaram na necessidade de negociações, defendendo a realização de uma conferência de paz em Genebra. Mas as posições seguem antagônicas, com a Rússia apoiando o regime de Bashar Assad com armamento pesado, enquanto a administração Obama autoriza o envio de armas aos rebeldes. Os EUA acreditam que qualquer transição na Síria envolve a saída de Assad do poder, posição que não é endossada por Putin.

“A respeito da Síria, nós temos perspectivas diferentes sobre o problema, mas compartilhamos o interesse em reduzir a violência, garantindo que armas químicas não sejam usadas nem se proliferem”, disse Obama. “Obviamente nossas opiniões não coincidem, mas todos nós temos a intenção de acabar com a violência na Síria”, disse Putin. Em entrevista coletiva depois do encontro, os dois líderes passaram a maior parte do tempo tentando evitar uma demonstração aberta de desacordo, informou o Wall Street Journal. A agência Reuters afirmou que os dois presidentes pareciam tensos e desconfortáveis ao falarem com jornalistas após cerca de duas horas de reunião. Putin olhava para o chão enquanto falava e Obama em poucos momentos dirigiu o olhar ao colega. Esse foi o primeiro encontro entre os dois governantes em um ano.

Obama disse que os EUA vão disponibilizar uma ajuda humanitária adicional de 300 milhões de dólares para o país, dinheiro que deverá ser empregado na compra de alimentos e medicamentos às vítimas da guerra civil. Com isso, a ajuda americana ultrapassa os 800 milhões de dólares.

Outros líderes pressionaram Putin a reduzir seu apoio a Assad. O presidente francês, François Holland, disse que todos os participantes do G8, incluindo Putin, devem condenar o regime pelo uso de armas químicas. “Como podemos dizer que há provas do uso de armas químicas sem lançar uma condenação unânime por parte da comunidade internacional e do G8?”

A Rússia tem advertido as potências ocidentais que armas enviadas aos rebeldes podem cair nas mãos de radicais. “Nós não podemos aceitar que a única alternativa a Assad é o terrorismo e a violência”, disse o primeiro-ministro britânico David Cameron. “Devemos estar do lado dos sírios que querem um futuro democrático e pacífico para seu país, um futuro sem o homem que está usando armas químicas contra eles”, acrescentou.

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