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EUA conseguem apoio de países árabes na luta contra EI

O secretário de estado John Kerry se reuniu com representantes das nações para assinar acordo. Receosa, a Turquia foi a única a não ingressar no pacto

Por Da Redação
11 set 2014, 17h52

Dez países árabes manifestaram apoio nesta quinta-feira à coalizão internacional proposta pelos Estados Unidos para combater o avanço do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no Iraque e Síria. Após uma reunião com o secretário de estado americano, John Kerry, representantes de Arábia Saudita, Barein, Egito, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Catar e dos Emirados Árabes assinaram o acordo de cooperação com Washington. A Turquia, membro da Organização do Atlântico Norte (Otan), participou da reunião, mas não integrou o pacto por temer pela vida de 49 cidadãos turcos mantidos reféns pelo EI em Mosul, ao norte do Iraque. Kerry compreendeu o recuo e agradeceu o engajamento – mesmo que à distância – de Istambul na campanha militar.

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O encontro, realizado em Jidá, na Arábia Saudita, resultou em um “compromisso compartilhado que manterá os países unidos na luta contra a ameaça imposta pelo terrorismo” do EI. O comunicado divulgado pelos serviços diplomáticos acrescentou que as nações “discutiram uma estratégia para destruir o EI onde quer que ele esteja, incluindo o Iraque e a Síria”.

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Os termos previstos no acordo farão com que os Estados Unidos reforcem suas bases militares e aumentem os voos de vigilância na região. De acordo com o jornal El País, Washington deverá concretizar na próxima semana um pacto para que seus aviões voem sobre o espaço aéreo dos países signatários, o que ampliará a capacidade americana de atacar pontos estratégicos do grupo terrorista. Kerry também pediu para que as redes de televisão árabes, especialmente a Al Jazeera e a Al Arabiya, difundam mensagem anti-extremistas e que exponham as ameaças que o avanço do EI oferece à região.

Crise internacional – Em um pronunciamento vacilante na quarta-feira, o presidente Barack Obama evidenciou ao público qual será a estratégia seguida pelo governo na luta contra o EI. O plano inclui a autorização para ataques aéreos na Síria, o treinamento e fornecimento de equipamentos para rebeldes sírios e o envio de mais 475 consultores americanos para o Iraque.

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A reação ao discurso foi imediata. O regime do ditador sírio Bashar Assad disse que Washington não combate o terrorismo com seriedade e reiterou a obrigatoriedade de uma consulta a Damasco antes de qualquer operação militar em seu território. “Qualquer ação dessa natureza sem a aprovação do governo será um ataque à Síria”, disse o ministro da Reconciliação Nacional, Ali Haidar. Aliada síria, a Rússia endossou o discurso de Assad. “Essa etapa, diante da ausência de uma decisão do Conselho de Segurança da ONU, configurará um ato de agressão, uma violação grosseira à lei internacional”, afirmou o porta-voz Alexander Lukashevich, segundo a rede BBC.

O Irã também se manifestou contrário à coalização chefiada pelos Estados Unidos. O país havia sinalizado positivamente para uma ação militar conjunta contra o EI, mas voltou atrás após não concordar com as diretrizes traçadas por Washington. “A chamada coalizão internacional para lutar contra o EI está envolta em graves ambiguidades e existem importantes receios sobre qual é a sua determinação para atacar as raízes do terrorismo com sinceridade”, afirmou o porta-voz da chancelaria iraniana, Marzieh Afkham. A principal objeção de Teerã é com a participação de “alguns financiadores e apoiadores dos terroristas no Iraque e Síria”. Embora não tenha nomeado seus desafetos, o Irã se refere ao governo da Arábia Saudita, que vem fornecendo aparato militar para rebeldes moderados lutarem contra a ditadura de Assad. O plano de ataque de Washington também prevê a distribuição de armamentos e treinamento a grupos aliados de opositores sírios.

Mapa Estado Islâmico do Iraque e do Levante
Mapa Estado Islâmico do Iraque e do Levante (VEJA)
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