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EUA ainda buscam coalizão para intervir na Síria

Mesmo após veto britânico para participar de ação militar, secretário de Defesa afirma que governo Obama segue tentando atrair aliados para ataque conjunto. Mas a Casa Branca não descarta agir sozinha, diz a imprensa americana

Por Da Redação
30 ago 2013, 02h54

O veto do Parlamento britânico a uma possível intervenção militar na Síria não fez os Estados Unidos abandonarem a ideia de formar uma coalizão internacional para um ataque conjunto em resposta ao uso de armas químicas atribuído ao regime do ditador Bashar Assad, afirmou nesta sexta-feira o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel. Mesmo após os parlamentares britânicos barrarem a colaboração militar do mais tradicional aliado americano, Hagel declarou que continua sendo o objetivo da Casa Branca que qualquer decisão seja resultado de uma “colaboração internacional”.

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“Toda nação tem a responsabilidade de tomar suas próprias decisões, e nós respeitamos isso”, disse Hagel nesta sexta-feira em Manila, nas Filipinas, ao comentar a rejeição do Parlamento britânico. Mas ele ressaltou que a surpreendente votação contra a participação da Grã-Bretanha em um ataque ao regime sírio não interfere no plano inicial do governo Obama de convencer países aliados a agir em conjunto.

Caso o esforço para formar uma coalizão fracasse, no entanto, os Estados Unidos consideram agir sozinhos para não deixar o governo sírio sem resposta, garantem fontes oficiais ouvidas pelo jornal The New York Times e pela rede CNN. Na noite desta quinta, uma nota do Conselho Nacional de Segurança, formado por especialistas que o presidente americano consulta sobre ações militares, afirma que “a decisão do presidente Obama será guiada pelos melhores interesses dos Estados Unidos”. “Países que violam as nomas internacionais sobre armas químicas precisam ser responsabilizados”, declarou a porta-voz do conselho, Caitlin Hayden.

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De maneira mais direta, um funcionário da Casa Branca ouvido em condição de anonimato pela CNN declarou: “Valorizamos o processo (do Parlamento britânico). Mas vamos tomar a decisão que precisamos tomar”. Segundo o New York Times, o governo americano está pronto para um “ataque limitado” e, o ao enviar um quinto navio de guerra para a região nesta quinta-feira, indica que dificilmente será detido em seu propósito. Tudo indica que a ação militar, provavelmente, ocorra após os inspetores da ONU que investigam o uso de armas químicas na Síria deixarem o país neste sábado.

Congresso – A decisão de atacar a Síria, porém, encontra resistência mesmo nos Estados Unidos, onde líderes do Congresso destacaram nesta quinta-feira que a administração Obama deve realizar mais consultas sobre como responderá à crise síria. “Está claro que o povo americano está cansado da guerra. No entanto, o que (o ditador sírio Bashar) Assad está fazendo com sua própria gente é um assunto de segurança nacional, estabilidade regional e segurança global”, afirmou em nota a líder da minoria democrata da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.

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Nancy disse que tanto ela quanto o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, além de outros legisladores, insistiram durante conferência telefônica com a Casa Branca na necessidade de mais investigação e em “transparência” ao tomar as decisões, ressaltando garantias dadas pelo governo de que “haverá contínuas consultas ao Congresso” – o que não significa uma votação. Já o presidente do Comitê das Relações Exteriores do Senado, Bob Menéndez, declarou que o ataque com armas químicas requer uma “resposta decisiva” capaz de transmitir uma mensagem universal de que não se tolerado violações às normas internacionais.

O Congresso americano, em sua maioria, insiste na nacessidade de um aval dos parlamentares para qualquer ação militar, e retomará suas sessões no próximo dia 9 de setembro após o recesso de verão. Em comunicado, a Casa Branca explicou que a ligação telefônica de 90 minutos, na qual 26 legisladores participaram, tinha o objetivo de obter “os pontos de vista” do Congresso antes de Obama tomar uma decisão em relação à Síria.

(Com agências EFE e Reuters)

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