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Estudantes desaparecidos: Justiça encerra as investigações e pais criticam o relatório final

Os 43 jovens foram mortos e incinerados por narcotraficantes que os confundiram com uma gangue rival. Pais querem recuperar restos mortais

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h41 - Publicado em 28 jan 2015, 10h08

As autoridades mexicanas informaram que na noite desta terça feira que a investigação sobre o desaparecimento dos 43 estudantes terminou e concluiu que os jovens foram mortos e incinerados no Estado de Guerrero, afirmou o procurador-geral da República do México, Jesus Murillo Karam. Nesta quarta, porém, os pais dos estudantes advertiram que não permitirão o fim das investigações sobre o destino de seus filhos, em uma reação à conclusão da promotoria. A versão oficial relata que membros de uma organização narcotraficante local acreditaram que os jovens faziam parte de uma gangue rival, e por isso foram atacados. Diversos depoimentos de pessoas que participaram da chacina, entretanto, afirmaram saber que eles eram estudantes.

“Os pais e familiares repudiam a forma como o procurador-geral Karam pretende fechar de maneira descarada a investigação”, afirmou o porta-voz dos familiares dos estudantes, Felipe de la Cruz. “Não vamos permitir que concluam ou encerrem as investigações com base apenas na declaração dos assassinos confessos”, completou De la Cruz, na presença de ativistas e de vários pais.

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Foi a primeira vez que Karam falou em definitivo sobre o caso. Até então, a procuradoria considerava os estudantes como “desaparecidos”. Por enquanto, os legistas só identificaram os restos mortais de um dos estudantes e familiares mantêm as esperanças de localizar os restos dos demais. A promotoria tampouco tinha manifestado até agora a certeza sobre a motivação do massacre. O procurador-geral tem sido criticado por muitos lados, de familiares das vítimas a especialistas, que afirmam que a versão do governo para o que aconteceu é implausível. Uma equipe argentina de medicina forense, contratada pelas famílias, declarou no domingo que não há “evidência o suficiente” para ligar os restos carbonizados encontrados por autoridades no rio da cidade de Cocula ao caso. O crime de Iguala provocou uma enorme indignação nacional e muitos protestos no país, mergulhando o presidente Enrique Peña Nieto na pior crise de popularidade de seu mandato.

(Com agências EFE e France-Presse)

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