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Estudantes convocam referendo para decidir futuro de protestos

Consulta popular está marcada para domingo e será um 'exercício democrático' para decidir que rumo as negociações com o governo devem seguir

Por Da Redação
24 out 2014, 07h38

Os líderes do movimento pró-democracia de Hong Kong anunciaram nesta sexta-feira que convocaram uma consulta entre os manifestantes para decidir se devem aceitar as propostas que o governo apresentou para seguir adiante com a negociação sobre uma possível reforma eleitoral. A consulta está agendada para este domingo. A informação foi dada pelo secretário da Federação de Estudantes, Alex Chow, junto de Benny Tai, um dos fundadores do movimento Occupy Central – os dois dos grupos lideram os protestos. Segundo as agências de notícias internacionais, ainda há multidão concentrada em frente à sede do Executivo de Hong Kong.

A decisão foi tomada depois do histórico, mas infrutífero, diálogo entre os estudantes e a administração esta semana. Os manifestantes continuam acampados em três pontos da cidade já há quase um mês. Os organizadores dos protestos definiram a votação popular como um “exercício democrático” que buscará conhecer a opinião dos manifestantes sobre que direção as negociações com o governo devem tomar, mas que não implica uma retirada imediata das áreas de protesto. No distrito de Mong Kok grupos de manifestantes reforçaram barricadas depois de algumas trincheiras terem sido retiradas por opositores ao movimento durante os confrontos de quinta-feira.

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O status de Hong Kong

Ex-colônia britânica, Hong Kong passou a ser uma região administrativa especial da China em 1997, ano em que o enclave foi devolvido. Pelo acordo entre britânicos e chineses, Hong Kong goza de um elevado grau de autonomia, liberdade de expressão e econômica. Também preserva elementos do sistema judicial ocidental. Essas condições devem ser mantidas pelo menos até 2047.

A votação, que será aberta ao público, acontecerá domingo à noite na área ocupada pelos manifestantes do distrito de Admiralty, no centro financeiro da cidade, e de onde os protestos são dirigidos desde 28 de setembro. Os manifestantes defenderam que, embora o voto no referendo represente um aval popular, insistiram que é o governo que tem que oferecer uma solução para a situação, a reivindicação de eleições democráticas em 2017.

Durante o primeiro diálogo entre estudantes e o governo na terça-feira, a secretária-chefe do Executivo, Carrie Lam, ofereceu aos estudantes a possibilidade de enviar um relatório ao governo chinês que refletisse a opinião deles sobre a reforma eleitoral elaborada pela Assembleia local. Os manifestantes defendem a livre escolha de candidatos ao governo da cidade para as eleições de 2017. Já o governo de Hong Kong e a China aprovaram uma legislação que permite direito de veto a candidatos que desagradem o governo comunista de Pequim.

Lam avaliou a possibilidade de criação de um fórum para que diferentes setores sociais da cidade, incluídos os estudantes, pudessem participar do desenvolvimento de uma possível reforma constitucional de longo prazo para Hong Kong. A Federação dos Estudantes rejeitou em primeira instância as ofertas do governo por considerar que não tinham poder vinculativo para reverter a decisão da Assembleia, tomada em agosto, e por não abordarem a situação eleitoral de 2017.

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(Com agências EFE e France-Presse)

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