EUA investigam pirataria no caso de avião desaparecido
Investigadores trabalham com a hipótese de que o sistema de localização da aeronave teria parado de funcionar após sofrer uma “intervenção humana”
Por Da Redação
14 mar 2014, 16h00
Investigadores analisam a possibilidade de “intervenção humana” no desaparecimento do avião da companhia Malaysia Airlines, como resultado de um “ato de pirataria”. A informação foi dada à agência de notícias Associated Press por uma fonte americana, sob a ncondição de anonimato. Segundo esta fonte existe a possibilidade de a aeronave ter aterrissado em algum local ainda desconhecido. A fonte disse que o indício de intervenção humana é que o contato com o transponder [aparelho de identificação das aeronaves que emite um sinal para os radares] do Boeing 777 cessou alguns minutos antes de o sistema de mensagens do avião parar de funcionar.
A agência também entrou em contato com uma fonte do governo da Malásia que reforçou a tese de que a aeronave deu meia volta sobre o país depois do último contato com os controladores de voo, e que alguém com conhecimentos de aviação foi responsável por esta mudança de curso. O funcionário do governo, que também não foi identificado por não estar autorizado a falar com a imprensa, disse que apenas uma pessoa com habilidade poderia pilotar o avião desta forma, depois da última localização confirmada, quando já sobrevoava o Mar do Sul da China.
De acordo com o jornal The Guardian, outra hipótese investigada é a de que o avião tenha aterrissado nas Ilhas de Andamão, uma região remota no Oceano Índico. Fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters indicam que radares militares flagraram um avião não identificado seguindo uma rota com base em pontos específicos de navegação aérea, o que sugere que um piloto com experiência estava no comando. Segundo esta linha de investigação, a aeronave teria rumado até a província de Aceh, ao nordeste da Indonésia, ziguezagueado até a ilha de Phuket, na Tailândia, e seguido depois para as Ilhas de Andamão, em rota para alcançar a Europa.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, admitiu que as equipes dos Estados Unidos mudaram o seu foco devido às “novas informações”, mas se negou a dar detalhes sobre as estratégias americanas. Um destroier da Marinha dos Estados Unidos também foi enviado à região para auxiliar as patrulhas aéreas que vistoriam o oceano. As operações de resgate foram ampliadas para o Oceano Índico e contarão a partir de agora com a ajuda de equipes vindas da Índia, mas a Malásia se negou a informar novas pistas do caso.
Após o jornal The Wall Street Journal publicar na quinta-feira que o avião poderia ter permanecido no ar após sumir dos radares, a rede britânica BBC relatou a suspeita de que o voo prosseguiu por até cinco horas após o envio da última mensagem aos controladores. Assim, o avião pode ter percorrido uma distância de cerca de 1.600 quilômetros além da última posição registrada pelos radares. Segundo fontes ouvidas pela BBC, um sistema operado pela Inmarsat, uma companhia de telecomunicações de Londres, recebeu sinais automáticos da aeronave durante o período em que o avião foi dado como desaparecido. Jonathan Amos, um especialista ouvido pela rede britânica, disse que estes sinais só podem ser enviados se o avião estiver intacto e funcionando normalmente.
Dois sistemas de comunicação aparentam ter tido sua transmissão interrompida em momentos diferentes depois da decolagem de Kuala Lumpur rumo a Pequim, mas sinais eletrônicos foram captados depois do último contato, o que pode ajudar a estimar a localização da aeronave. O ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, que ontem negou a informação de que a aeronave teria enviado sinais automaticamente durante horas, disse nesta sexta-feira que os investigadores ainda tentam estabelecer com precisão o que, de fato, os radares militares captaram na região do Estreito de Malaca.
“Eu serei a pessoa mais feliz do mundo se pudermos confirmar que era o MH370. Desta forma, poderemos mover todos os recursos de busca do Mar do Sul da China para o Estreito de Malaca”. Até que isso ocorra, continuou, os esforços internacionais para encontrar a aeronave continuarão a se expandir. Ele acrescentou que neste momento há “mais de 50%” de certeza de que o radar registrou sinais do avião perdido.
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