Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Estado Islâmico edita ‘leis para uso de escravas sexuais’

O conjunto das decisões ditadas para os jihadistas no Iraque e na Síria está entre os documentos capturados pelas Forças de Operações Especiais dos Estados Unidos

Por Da Redação
29 dez 2015, 11h01

Teólogos do Estado Islâmico (EI) emitiram uma decisão extremamente detalhada sobre quando “donos” das mulheres escravizadas pelo grupo extremista podem ter relações sexuais com elas. A decisão, ou fatwa, tem força de lei e parece ir além das conhecidas declarações anteriores do EI sobre o assunto, disse um estudioso do grupo jihadista. A medida lança nova luz sobre a forma como o grupo está tentando reinterpretar centenários ensinamentos para justificar a escravidão sexual de mulheres em áreas da Síria e do Iraque que controla.

A fatwa estava entre um enorme acervo de documentos capturados pelas Forças de Operações Especiais dos Estados Unidos durante um ataque que tinha como alvo um alto funcionário do Estado Islâmico na Síria, em maio. A agência Reuters teve contato com alguns dos documentos, que não foram previamente publicados, e nesta segunda e terça-feira publicou reportagens revelando partes do material. Entre as normas religiosas estão a proibição de pai e filho manterem relações sexuais com a mesma escrava; e o proprietário de uma mãe e filha fazer sexo com ambas.

Leia também

Após tomada de Ramadi, premiê iraquiano promete derrotar Estado Islâmico em 2016

Estado Islâmico perdeu 14% de seu território este ano, diz instituto britânico

Continua após a publicidade

Em vídeo, Estado Islâmico decapita homem acusado de ser espião russo

A Organização das Nações Unidas (ONU) e grupos de defesa dos direitos humanos acusam o Estado Islâmico do rapto e estupro sistemático de milhares de mulheres e meninas, especialmente membros da minoria yazidi no norte do Iraque. Muitas têm sido dadas aos combatentes como uma recompensa ou são vendidas como escravas sexuais. Longe de tentar esconder a prática, o EI se vangloria de suas ações criminosas e criou um departamento de “despojos de guerra” para gerenciar a escravidão.

Em um relatório de abril, a Human Rights Watch entrevistou vinte fugitivas que contaram como combatentes do Estado Islâmico separavam as moças e meninas de homens e meninos e mulheres mais velhas. Elas foram levadas “de uma forma organizada e metódica para vários lugares no Iraque e na Síria” e eram então vendidas ou dadas como presentes, e repetidamente violadas ou submetidas à violência sexual.

Leia mais

EI tenta justificar o injustificável: a escravização de mulheres

(Com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.