Estado Islâmico decapita 5 homens acusados de apoiar o regime sírio
As vítimas foram decapitadas com um sabre, no leste do país. Nos EUA, um casal do Alabama informou que sua filha de 20 anos deixou o país para se juntar aos terroristas
Membros do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) decapitaram cinco homens em Damasco e Deir ez Zor por espionagem e apoio às forças do regime sírio, informou nesta terça-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Segundo comunicado divulgado pela ONG, ps cinco homens foram decapitados com um sabre em uma prisão na província de Deir ez Zor, no leste do país.
As vítimas admitiram em um vídeo que colaboraram com o regime do ditador Bashar Assad através do recrutamento de novos soldados e o envio de informações sobre opositores às forças leais ao governo. Na gravação, os homens aconselham as pessoas que não entrem em regiões controladas pelo regime sírio para “não serem obrigadas a colaborar”.
Leia também
Estado Islâmico executa 30 cristãos etíopes em novo vídeo
Ex-coronel de Saddam Hussein está por trás do crescimento do EI
Atentado do EI contra consulado americano no Iraque mata 3 pessoas
Já o EI convoca militares e policiais sunitas a se arrependerem do apoio a Assad. Caso contrário, serão assassinados. Em Damasco, capital do país, os radicais decapitaram outros dois homens por integrarem milícias pró-governo. Os jihadistas, que fazem esse tipo de assassinato como forma de propaganda e para aterrorizar a população, proclamaram no final de junho do ano passado um califado no Iraque e na Síria, onde controla amplas regiões do território dos dois países.
Americana se junta ao EI – Uma jovem americana de 20 anos originária de Hoover, um município do Estado do Alabama, nos Estados Unidos, abandonou o lar para viajar à Síria e se unir ao grupo jihadista Estado Islâmico. A menina, identificada apenas como Hoda, entrou em contato com os extremistas pela internet e em novembro viajou à Turquia, de onde cruzou a fronteira rumo à Síria, explicou o porta-voz e advogado da família, Hassan Shibly, em entrevista coletiva realizada na mesquita de Birmingham, no Alabama.
“Para seus pais, saber que ela está com esse grupo de extremistas é pior do que vê-la morta. Eles estão muito traumatizados e nada pode descrever o que estão vivendo”, disse Shibly sobre o casal muçulmano. Shibly também explicou que a jovem se desvinculou da sociedade islâmica local um ano antes de viajar à Síria. “A razão pela qual ela deixou a comunidade foi a oposição deles a grupos como o EI”, acrescentou o porta-voz.
O Departamento de Justiça dos EUA informou ontem que foram presos neste domingo seis homens, com idades entre 19 e 21 anos, nos Estados de Minnesota e Califórnia, que tentavam viajar à Síria para se unir ao EI.
(Da redação)