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Espião é chamado a depor no caso da morte de Nisman

'Jaime' Stiuso foi afastado da Secretaria de Inteligência em dezembro

Por Da Redação
5 fev 2015, 17h04

O ex-agente de inteligência argentino Antonio “Jaime” Stiuso, conhecido como o espião mais poderoso do país, foi intimado a prestar depoimento como testemunha na investigação da morte do promotor Alberto Nisman. A intimação foi feita em função das indicações de que Stiuso falou por telefone com o promotor durante 12 minutos na noite de sábado, 17 de janeiro, um dia antes de Nisman ser encontrado morto com um tiro na cabeça.

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A misteriosa morte ocorreu dias depois de o promotor acusar a presidente Cristina Kirchner e vários apoiadores de acobertar a participação do Irã no atentado contra um centro judaico em Buenos Aires que deixou 85 mortos, em 1994. O ex-agente de inteligência, que colaborou com Nisman em sua investigação sobre o atentado, foi demitido de suas funções na Secretaria de Inteligência (Side) no final do ano passado.

No entanto, quem compareceu ao gabinete da promotora Viviana Fein, responsável pela investigação da morte de Nisman, não foi Stiuso, mas seu advogado Santiago Blanco Bermúdez. Ele afirmou que o espião está “disposto a depor”, mas sem revelar o seu rosto e com uma autorização prévia para revelar os segredos que, como um ex-membro dos serviços de inteligência, é obrigado a guardar.

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Pouco depois de saber das condições impostas por Stiuso, o novo chefe da Secretaria de Inteligência, Oscar Parrilli, anunciou que por ordem da presidente, ele autoriza Stiuso a revelar os segredos guardados desde antes da ditadura militar (1976-1983). “A presidente quer que revele tudo”, disse Parrilli no Congresso, onde participou de uma comissão bicameral de inteligência.

Stiuso, cuja verdadeira idade, nome e assinatura são desconhecidos, ganhou fama de “intocável” porque teria documentos secretos com os quais conseguiu chantagear políticos e autoridades da Justiça do país. Ele fez parte dos serviços secretos argentinos de 1972 a dezembro do ano passado, quando foi afastado. Sua estreita relação com Nisman foi confirmada pelo próprio promotor, advogados ligados ao caso do atentado e jornalistas investigativos que cobriram o ataque ocorrido quando Stiuso era chefe operativo da Secretaria de Inteligência.

A versão que o governo tenta encampar sobre a morte do promotor aponta para Stiusso. Integrantes da equipe de Cristina Kirchner afirmam que o espião traiu Nisman ao interferir na investigação com o objetivo de prejudicar o governo. Para a presidente, o verdadeiro autor da denúncia sobre o acobertamento dos iranianos foi Stiusso.

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(Com agência France-Presse)

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