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Espanha desmonta imensa rede de corrupção

Ao todo, 51 pessoas foram presas em diversas cidades, incluindo a capital Madri. Entre os detidos estão políticos, funcionários públicos e empresários

Por Da Redação
28 out 2014, 08h44

A prisão de 51 políticos, funcionários públicos e empresários em diversas províncias espanholas realizada nesta segunda-feira desmontou uma grande rede de corrupção no país, revela nesta terça o jornal El País. Políticos, funcionários e empresários atuavam em conluio para superfaturar contratos públicos, informa a Procuradoria Anticorrupção espanhola. Entre os detidos estão quatro prefeitos do Partido Popular (PP), atualmente no governo. Os dois restantes são dos opositores Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e União Democrática.

A chamada Operação Púnica envolveu a coordenação de centenas de agentes da Guarda Civil e da polícia espanhola e realizou as prisões nas cidades de Madri, Valência, Murcia, León, Parla, Valdemoro, Collado Villalba, Casarrubuelos, Serranillos del Valle e Torrejón de Velasco. A quadrilha fraudava contratos de governos locais e regionais. Entre os políticos presos, a figura mais relevante é Granados Francisco, um dos homens mais fortes do governo regional de Madri. Granados foi, entre 2004 e 2011, o número dois do PP na região de Madri, estratégica para a política espanhola.

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Os 51 presos na operação de ontem são acusados ​​de cobrarem propina ou desviarem, por meio de fraudes contratuais, um valor total de 250 milhões de euros (750 milhões de reais) em apenas dois anos. De acordo com a Procuradoria Anticorrupção, a conspiração ilegal se infiltrou nos governos locais e regionais e se especializou em fraudar contratos obtidos por empresas de construção civil e de serviços de energia. A operação policial contra a corrupção começou em janeiro, depois de a Justiça ser advertida por autoridades suíças de fortes suspeitas de lavagem de dinheiro procedente da Espanha.

O PP é o partido mais afetado, mas entre os presos também está um líder político local do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), opositor ao governo. Tanto o PP quanto o PSOE anunciaram que vão suspender os políticos envolvidos na rede de corrupção. A reação dos dois principais partidos políticos foi no sentido de colaborar com a Justiça para aplacar o descontentamento que o caso de corrupção provocou na sociedade espanhola. A pesquisa mensal do Centro de Pesquisa Sociológica da Espanha reflete em sua última edição que a corrupção é o segundo maior problema para a sociedade, apenas atrás do desemprego.

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