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Empresa de Cristina Kirchner é multada em 900 reais

Secretário de Justiça da Argentina disse que problemas na documentação 'são mais leves do que furar um sinal vermelho' e que multa foi 'severa'

Por Da Redação
24 nov 2014, 16h38

O secretário de Justiça da Argentina, Julián Alvarez, atenuou nesta segunda-feira as irregularidades da empresa Hotesur, que pertence à presidente Cristina Kirchner, afirmando que elas são “mais leves do que furar um sinal vermelho” e determinou que a empresa pague uma multa de meros 3.000 pesos (cerca de 900 reais) por causa de problemas envolvendo documentação.

A Hotesur é responsável por administrar um hotel de propriedade da família Kirchner, o Alto Calafate, que fica na província de Santa Cruz, berço político de Cristina e de seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner. A multa praticamente equivale a uma diária no hotel de luxo.

Na semana passada, a Justiça argentina abriu uma investigação para apurar irregularidades na empresa que foram apontadas pela imprensa local e por uma deputada da oposição.

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Uma reportagem revelou que, oficialmente, a sede da Hotesur fica em Buenos Aires, mas o escritório onde a empresa deveria funcionar está vazio há anos. Já a deputada Margarita Stolbizer apontou que a empresa não divulga balanços patrimoniais ou informações sobre sua reorganização societária desde 2011 e não vem pagando taxas obrigatórias para a Inspección General de Justicia (IGJ), órgão responsável pelo registro de empresas na região da capital argentina. As denúncias resultaram na expedição de uma ordem de busca e apreensão na empresa.

Em uma entrevista para um rádio nesta segunda-feira, o secretário Julián Alvarez, diretamente subordinado ao ministro da Justiça, acusou o juiz responsável pela ordem, Claudio Bonadio, de “parcialidade” e de usar “métodos de coação” para fazer política. Alvarez disse ainda que a multa equivalente a 900 reais aplicada contra a Hotesur foi “severa”.

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“Vamos aplicar uma multa à Hotesur e será a mais severa. A multa é de 3.000 pesos não porque nos ocorreu determinar assim, mas porque está regulamentado assim. (Os problemas da Hotesur) são uma irregularidade mais leve do que furar o sinal vermelho”, disse.

Alvarez não comentou outras suspeitas sobre a Hotesur. Há anos a imprensa argentina denuncia suspeitas sobre o funcionamento do luxuoso Alto Calafate, cujo investimento não parece se justificar e que registra faturamento acima da média mesmo em épocas de baixa temporada. A família Kirchner possui outros dois hotéis na região – e está construindo mais um. Margarita Stolbizer levantou na semana passada a acusação de que o local pode estar sendo usado para lavar dinheiro. “Todos sabem que os cassinos e os hotéis são as operações mais fáceis para encobrir lavagem de dinheiro”, disse ela.

Depois da operação de busca e apreensão, a Hotesur admitiu em um comunicado as irregularidades envolvendo a localização da sede da empresa e falta de divulgação de balanços. O texto diz que a empresa está em um processo de regularizar a papelada e que o registro da empresa em Buenos Aires deve ser cancelado para concluir a transferência da sede para Santa Cruz.

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