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EUA: relatório sobre direitos humanos critica Venezuela

Departamento de Estado condena corrupção, interferência no Judiciário e intimidação da imprensa. Outros países, inclusive o Brasil, também são alvo

Por Da Redação
28 fev 2014, 06h17

A nova edição do relatório anual sobre a situação dos direitos humanos no mundo elaborado pelo Departamento de Estado americano criticou a corrupção na Venezuela, a politização do sistema judiciário do país e as medidas tomadas pelo governo de Nicolás Maduro para sufocar a liberdade de expressão e de imprensa. O documento foi apresentado nesta quinta-feira pelo secretário de Estado, John Kerry.

Ao detalhar a situação do Judiciário da Venezuela, o relatório aponta que o poder é usado para intimidar e perseguir políticos, sindicatos, empresas e líderes civis que são críticos ao governo. Sobre a liberdade de imprensa, o texto destaca que os chavistas intimidaram empresas de TV e jornalistas com o uso de ameaças, multas, desapropriações, prisões e perseguições judiciais.

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O Departamento de Estado também discorreu sobre o estado lamentável da segurança pública do país, um dos mais violentos do mundo, e citou chacinas e a atuação de esquadrões da morte, tortura e corrupção da polícia e a situação calamitosa das prisões locais.

Ao comentar as conclusões do relatório, John Kerry destacou ainda o uso de milícias armadas contra os manifestantes que tomaram neste mês as ruas da Venezuela para protestar contra o governo de Nicolás Maduro. O uso de tais grupos chavistas está relacionado com várias mortes registradas nos protestos. “A solução para os problemas da Venezuela não é não será pela violência, mas só por meio do diálogo com todos os venezuelanos em um clima de respeito mútuo”, disse.

Outros países – Ao todo, o relatório investiga a situação dos direitos humanos em cerca de 200 países e territórios no ano de 2013. Recebeu o maior destaque no documento a situação da Síria, palco de uma sangrenta guerra civil que já dura quase três anos. O texto diz que o ataque com armas químicos ocorrido no dia 21 de agosto nos arredores de Damasco, que provocou mais de mil mortes é um dos “muitos horrores em uma guerra civil repleta de violações aos direitos humanos”.

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O documento ainda lista violações na Rússia, no Egito e na China. Na África, o texto aponta a violência praticada contra gays e a elaboração de leis contra esse grupo na Nigéria e em Uganda. Também constam críticas aos regimes comunistas da Coreia do Norte, por causa de execuções extrajudiciais, e Cuba, pelo uso de milícias para intimidar opositores. Na Ucrânia, recebeu destaque a brutalidade empregada pelo governo para conter os manifestantes após a eclosão de protestos no país no ano passado. “Mas acabamos vendo que os ucraniano demonstraram mais uma vez o poder do povo para determinar como eles querem ser governados”, diz o relatório, fazendo referência a fuga e destituição do presidente Viktor Yanukovich.

Brasil – Já o Brasil é criticado pela violência policial e a situação das cadeiais. “O governo federal e seus agentes não cometem assassinatos políticos, mas ocorreram homicídios praticados pela polícia. Em alguns casos a polícia empregou força sem distinção. Em outros casos, civis morreram durante operações policiais de grande escala, principalmente em favelas. Relatórios confiáveis indicaram que as autoridades policiais estaduais continuam envolvidas em chacinas por vingança e intimidação de testemunhas que deram depoimentos contra membros da polícia.” O documento chega a citar o caso do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, que despareceu no Rio de Janeiro no ano passado após ser preso pela Polícia Militar.

Confira aqui o relatório na íntegra (em inglês)

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