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Em novo livro, papa pede Igreja próxima a divorciados e gays

A novidade da obra está na simplicidade da linguagem e nos exemplos do cotidiano que Francisco dá. Livro está sendo lançado hoje em seis idiomas e em 86 países

Por Da Redação
12 jan 2016, 15h03

A Igreja Católica deve se mostrar próxima a todos, inclusive de divorciados e gays, diz o papa Francisco em seu livro, escrito pelo jornalista italiano Andrea Tornielli com base em uma entrevista do pontífice e que teve nesta terça-feira o seu lançamento mundial. A obra, baseada em perguntas breves e respondidas extensamente pelo papa com várias lembranças e episódios de sua vida, já foi qualificada como a encíclica sobre a misericórdia que o pontífice sempre quis escrever.

“O nome de Deus é Misericórdia”, que chega hoje às livrarias de 86 países, é também uma espécie de “manifesto” do Ano Santo que começou em novembro do ano passado sobre este tema. Um fato curioso é que o papa escreveu de próprio punho o título do livro nos seis idiomas em que ele foi lançado (português, inglês espanhol, italiano, francês e alemão). O jornal La Stampa explica, para Francisco, a Igreja tem que aquecer “o coração das pessoas com a proximidade”. E as respostas do papa comprovam isso.

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“A pessoa não é definida apenas por sua tendência sexual: Não esqueçamos que somos todos criaturas amadas por Deus, destinatárias de seu infinito amor. Eu prefiro que as pessoas homossexuais venham se confessar, que fiquem próximas do Senhor, que possamos rezar juntos”, diz ele sobre a posição da Igreja com relação aos homossexuais. Uma proximidade também que ele pede com os divorciados e pessoas que voltaram a se casar a que são excomungados e afastados pela Igreja Católica. “Abrace e seja misericordioso, embora não possa absolvê-los. Dê a eles de todos os modos uma bênção”, acrescenta o papa.

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Exemplos simples – A novidade do livro está na simplicidade da linguagem e nos exemplos do cotidiano que ele dá. Francisco também lembra a história de uma mulher na época em que ele era sacerdote em Buenos Aires. A mulher trabalhava como prostituta para sustentar seus filhos e um dia foi à igreja para agradecer o então padre Jorge Mario Bergoglio. “Eu achava que ela tinha vindo agradecer os alimentos que a Cáritas tinha mandado entregar: ‘Você recebeu?’, eu perguntei. E ela respondeu: ‘Sim, recebi e agradeço por isso, mas vim aqui para dizer obrigada, principalmente, pelo senhor não ter deixado de me chamar de senhora'”, relata.

Já sobre a corrupção, ele tem uma fala simples e clara: “o corrupto é quem peca, não se arrepende e finge ser cristão; quem lamenta a pouca segurança nas ruas, mas depois engana o Estado evadindo impostos”. O livro é também uma confissão do maior representante da Igreja sobre sentir saudades de seu papel de confessor para poder perdoar: “Agora confesso menos, mas ainda o faço. Às vezes, tenho vontade de poder entrar em uma igreja e sentar-me no confessionário”.

(Com agência EFE)

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