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Em Cuba pela 1ª vez, Hollande encontra-se com Fidel

Em reunião com empresários, o presidente francês cobrou por mudanças na economia cubana para o país avançar. Ele também pediu o fim do embargo econômico à ilha

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h33 - Publicado em 12 Maio 2015, 10h01

O presidente francês, François Hollande, viveu um “momento histórico” na noite desta segunda-feira em sua visita a Cuba, ao conversar durante quase uma hora com o ex-ditador cubano Fidel Castro, de 88 anos. O encontro entre Hollande e Fidel durou mais de 50 minutos e ocorreu na residência do cubano, em Havana. Primeiro chefe de Estado ocidental a visitar Cuba após o anúncio do degelo entre Havana e Washington, Hollande disse à comunidade francesa residente na Ilha que “desejava viver este momento histórico”.

“Tive diante de mim um homem que fez história. Há, evidentemente, debates sobre o lugar que ocupa, suas responsabilidades, mas estando em Cuba queria me reunir com Fidel Castro”, revelou Hollande, explicando que o “Comandante falou muito”. Hollande também se encontrou com o atual ditador cubano, Raúl Castro, que sucedeu Fidel em 2006. A reunião ocorreu no Palácio da Revolução, onde o presidente francês foi recebido com honras militares.

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O presidente francês, François Hollande, afirmou que a França quer “acompanhar” Cuba em suas reformas econômicas, mas pediu a flexibilização da economia para facilitar o comércio e a instalação de empresas francesas na ilha. “Sei que vocês tomam decisões econômicas importantes para fazer o modelo econômico cubano evoluir”, disse Hollande ao fim um fórum econômico em Havana. “Estamos prontos para acompanhá-los, mas respeitando a sua identidade, o seu modelo, a sua independência. Para nós, esses são princípios essenciais. Nós não fazemos a economia como se estivéssemos fazendo negócios”, acrescentou.

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“Desejamos que suas regras sejam flexibilizadas e especialmente que nossas empresas possam administrar mais livremente seus recursos. Não é para nosso próprio interesse, mas para que haja mais investimentos”, disse. “Para que Cuba possa ser um país plenamente presente no mundo, o embargo deve ser suspenso, porque essa é a condição para que possamos trabalhar no interesse comum de nossos povos”, apontou.

Paris busca capitalizar os laços estabelecidos há pouco mais de um ano com a visita à Ilha de seu ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius. Desde então, a França se posicionou na primeira linha da aproximação entre a União Europeia e Havana, que as duas partes esperam selar até o final do ano com a assinatura de um acordo. O presidente francês não deve se encontrar com qualquer dissidente na Ilha, mas afirmou que a questão dos direitos humanos será “necessariamente” tratada durante a visita.

Mais cedo, após inaugurar o novo edifício da Aliança Francesa, Hollande caminhou ao meio-dia pelo Passeio do Prado, um dos mais tradicionais da capital cubana, que marca o limite entre a Havana Velha e o município de Centro Havana, onde foi saudado e aplaudido pelos vizinhos e pedestres. “Obrigado a você”, disse Hollande várias vezes às pessoas que o saudavam e aplaudiam, enquanto caminhava, cercado de jornalistas. Seus seguranças não impediram seu contato com os cubanos.

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(Da redação)

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