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Eleito presidente, Erdogan começa a buscar novo premiê

Substituto deverá ficar subordinado ao homem que comanda a Turquia e que dará mais poderes a um cargo presidencial antes tido como simbólico

Por Da Redação
11 ago 2014, 12h09

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, convocou a liderança de seu partido nesta segunda-feira com o objetivo de encontrar um novo premiê para o país após sua vitória, no primeiro turno, na primeira eleição presidencial direta em território turco.

A posse de Erdogan está marcada para o próximo dia 28. Nas próximas semanas, ele vai comandar reuniões com o governista Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) e supervisionar a escolha de um novo líder para a legenda, um nome leal ao premiê que deve substituí-lo no cargo.

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Resultados não oficiais do pleito divulgados pelos meios de comunicação do país indicam que Erdogan venceu a eleição com quase 52% dos votos, enquanto seu principal adversário, Ekmeleddin Ihsanoglu, obteve 38%. Selahattin Demirtas, um jovem político curdo que apresentou uma plataforma de esquerda, ficou em terceiro, com 9,7% dos votos.

“O dia de hoje representa um marco para a Turquia. Hoje é o dia do renascimento das cinzas da Turquia”, disse Erdogan, em discurso neste domingo em Ancara. “Eu não serei o presidente apenas daqueles que votaram em mim. Eu serei o presidente de 77 milhões”, afirmou, em forte contraste com o tom amargo e divisionista usado em sua campanha.

Enquanto Erdogan foi primeiro-ministro, o cargo de presidente tinha função cerimonial no país. A partir de agora, no entanto, ele vai assegurar mais destaque ao posto, colocando em prática poderes como o de convocar o Parlamento e realizar reuniões de gabinete.

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Quem quer que o substitua como primeiro-ministro vai ocupar a função até o próximo ano, quando serão realizadas novas eleições gerais. Muitos acreditam que Erdogan vai indicar um premiê complacente e tomar o poder para si.

Os recentes casos de corrupção envolvendo altos funcionários do governo, o autoritarismo crescente na Turquia – que chegou a proibir o uso de redes sociais – e as desastradas declarações de Erdogan não foram suficientes para lhe tirar a popularidade. Há mais de uma década no poder, Erdogan pensa em se eternizar no comando do país, junto com o partido que controla. Um dos caminhos para a consecução do plano é dar força cada vez maior aos religiosos islâmicos, ferindo a característica mais admirada da Turquia, que foi a separação entre a Igreja e o Estado.

(Com Estadão Conteúdo)

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