EI mata 145 civis em um dos piores massacres cometidos na Síria
A ditadura síria pediu para que os cidadãos peguem em armas para lutar contra os terroristas
Atentados perpetrados pelos terroristas do grupo Estado Islâmico (EI) deixaram ao menos 145 civis mortos na cidade de Kobani, localizada na fronteira com a Turquia, e em um vilarejo próximo. A onda de ataques teve início na quinta-feira e, segundo milícias curdas que lutam na região, foi mais uma missão suicida do que uma tentativa de retomar o controle da localidade. O EI foi expulso de Kobani no início deste ano após travar uma sangrenta batalha com os curdos. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, organização sediada em Londres que monitora o conflito no país, disse que o massacre desta sexta-feira foi um dos piores cometidos pelos jihadistas sunitas na Síria.
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Os ataques contaram com três carros-bomba e deixaram mulheres, idosos e crianças mortos. Os terroristas teriam entrado em Kobani disfarçados de membros da milícia curda e do Exército sírio. Acredita-se que o EI tenha optado por conduzir o massacre na cidade por causa do alto risco que um bombardeiro aéreo da coalizão ofereceria às vidas dos civis. A coalizão internacional chefiada pelos Estados Unidos tem atacado posições estratégicas do grupo terrorista no autoproclamado califado islâmico e, em nove meses de operação, matou mais de 10.000 jihadistas.
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Em um ataque separado, o EI atacou posições da ditadura de Bashar Assad na cidade de Hasaka, ao norte do país. O regime pediu para que os civis peguem em armas para ajudar o Exército a combater o avanço dos jihadistas. “Peço para que os homens e jovens dos sexos feminino e masculino que possam operar armas se movam imediatamente para o front e defendam a cidade”, afirmou o ministro da Informação do país, Omran al-Zoubi, em um pronunciamento transmitido pela televisão local. Pelo menos vinte soldados e milicianos foram mortos por ataques suicidas do EI em Hasaka. A ONU calcula que 60.000 pessoas já abandonaram o município.
(Com agência Reuters)