O presidente do Turcomenistão deu nesta segunda-feira um novo significado (e valor) para a autopromoção que os políticos mundo afora costumam fazer enquanto ocupam cargos majoritários. Gurbanguly Berdymujamedov inaugurou na capital Asgabate uma enorme estátua dele mesmo, banhada a ouro 24 quilates. O governo não divulgou o custo total do monumento, mas a imprensa especula que pelo tamanho da obra, o ‘presente’ que o presidente deu ao seu país não saiu por menos de 5 milhões de dólares (15 milhões de reais)
Fundido em bronze e recoberto de ouro, trata-se do primeiro monumento “à glória de Berdymujamedov”. Da base do pedestal de mármore, que imita um penhasco rochoso, ao ponto mais alto da estátua dourada, o monumento tem 21 metros de altura. A estátua, muito reluzente e de gosto duvidoso, retrata o presidente montado em seu cavalo favorito, Akkan, e com uma pomba na mão direita. Durante a inauguração, a presidente do Parlamento, Akdja Nurbendieva, afirmou que o monumento havia sido erguido a pedido de “gente comum, coletivos profissionais e organizações públicas”.
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No Turcomenistão, uma ex-república soviética da Ásia Central às margens do Mar Cáspio, o culto à personalidade parece ser um regra. O antecessor de Berdymujamedov, Saparmurat Niazov, já havia ordenado a construção de uma estátua banhada a ouro em sua própria homenagem. Também localizada na capital, a estátua de Niazov ainda conta com uma inovação: é giratória e fica sempre voltada para o sol.
Ex-dentista, Gurbanguly Berdymujamedov alcançou o poder em 2006 após a morte de Niazov, um corpulento bon vivant que foi fulminado por um ataque cardíaco. Além de problemas no coração, Niazov sofria também de um verdadeiro surto egocêntrico e inclusive renomeou os meses do ano a partir dos nomes de seus familiares. Para a sorte do país, a medida absurda vigorou entre 2002 e 2008, mas nunca prosperou, pois a população continuava chamando os meses pelos nomes tradicionais.
(Da redação)