Policial egípcio que matou manifestante com tiro de chumbinho pega 15 anos de prisão
Shaimaa al-Sabbagh foi atingida pelas costas durante uma passeata no Cairo no início do ano
Um tribunal criminal do Egito condenou a 15 anos de prisão o policial que matou uma ativista desarmada durante uma manifestação pacífica em janeiro deste ano. O policial Yassin Hatem Salahedeen foi o autor do tiro de chumbinho que acertou Shaimaa al-Sabbagh pelas costas.
As imagens da morte de Shaimaa, capturadas pela imprensa que cobria o protesto, comoveram o mundo. Ela participava de uma passeata no centro do Cairo, capital do Egito, pelo quarto aniversário da revolução de 2011, que derrubou o ditador Hosni Mubarak. Para reprimir o ato, a polícia usou bombas de gás lacrimogênio e espingardas de chumbinho.
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A princípio, as autoridades egípcias negaram que a polícia tenha tido envolvimento na morte da ativista de 32 anos, membro da Aliança Popular Socialista. Com a pressão internacional, o atual presidente do país, Abdel Fattah Sisi, mudou o discurso. Ele se referiu a Shaimaa como “sua própria filha” e prometeu punir os culpados por sua morte.
Em março, um porta-voz da Autoridade Médica Forense do Egito foi demitido após afirmar que Shaimaa não resistiu aos ferimentos provocados pelas balas de chumbinho porque estava abaixo do peso. Os projéteis que mataram a ativista provocaram perfurações nos pulmões e coração.
(Da redação)