Ditador sírio se solidariza com Putin no episódio da Crimeia

A crise na Ucrânia levou várias nações a condenar a Rússia, que ocupa militarmente o território ucraniano. No episódio, contudo, o presidente russo, Vladimir Putin, ganhou ao menos a adesão de um “amigo”: o ditador da Síria, Bashar Assad.

O dirigente sírio, que conduz há três anos uma campanha sangrenta de repressão à insurgência em seu país, enviou nesta quinta-feira uma mensagem ao colega russo em que “expressa a solidariedade da Síria com os esforços de Putin para restabelecer a estabilidade e a segurança na Ucrânia ante as tentativas de derrubada da legitimidade e da democracia em favor de extremistas terroristas”.

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Assad também elogiou a “liderança política sábia” de Putin e seu “respeito pela legalidade internacional que rege as relações entre os povos e as nações”. Por fim, reiterou o apoio de seu país ao “enfoque reflexivo, pacifista que tenta estabelecer uma ordem mundial apoiando a estabilidade e lutando contra o extremismo e o terrorismo”.

Tanta solidariedade não é gratuita. No ano passado, quando Assad foi acusado pelos EUA de usar armas químicas contra a população do seu país, foi Putin quem evitou que o ditador sírio fosse castigado com um ataque militar americano.

Aliada histórica do regime sírio, a Rússia, forçou a aprovação de um plano para a destruição do arsenal químico de Assad, esvaziando a possibilidade de um ataque americano, e consequentemente contribuindo para a sobrevivência do regime. Os russos também estão entre os maiores fornecedores de armas do regime.