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Dissidência cubana reage com opiniões divididas à reabertura de embaixadas

Para o ativista Elizardo Sánchez, houve "um efeito mais midiático que substantivo" e a reabertura das embaixadas representa pouco "para o cubano comum"

Por Da Redação
21 jul 2015, 09h08

A dissidência cubana reagiu com opiniões divididas ao restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos, que alguns opositores reconheceram como um acontecimento histórico enquanto outros questionam se realmente melhorará a situação interna da ilha. Em declarações à agência EFE, o líder da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, Elizardo Sánchez, disse ver com “bons olhos” o restabelecimento de vínculos, mas insistiu no risco de que este acontecimento se transforme em algo somente “simbólico”.

“Seguimos insistindo em que não haverá mudanças significativas quanto à situação interna em Cuba porque o governo continuará resistindo à necessidade de fazer reformas para garantir um nível de vida razoável”, comentou. Sánchez considerou que nesta nova etapa houve “um efeito mais midiático que substantivo”, razão pela qual observa com ceticismo a significação do fato “para o cubano comum”.

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Já Berta Soler, líder das Damas de Branco comentou que o que ocorreu nesta segunda-feira “não é nada transcendental, nada que possa beneficiar” o povo. Mais otimista, Manuel Cuesta Morúa, do grupo opositor Arco Progressista, ressaltou que este é um dia “histórico”, de “muitas expectativas” e que significa “o fim da excepcionalidade de Cuba com relação ao resto da América Latina”.

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Para José Daniel Ferrer, líder da União Patriótica de Cuba, a distensão pode contribuir “muitíssimo a nossa luta pacífica a favor do respeito dos direitos humanos e à chegada de uma verdadeira democracia em Cuba”. O ativista salientou que considera que, com este passo, se aprofunda o processo de normalização entre os dois países, mas espera que os norte-americanos “não se esqueçam que devem ser ouvidos todos os setores da sociedade civil”.

Cuba e Estados Unidos inauguraram nesta segunda uma nova etapa na história comum com o restabelecimento de suas relações diplomáticas e a reabertura de suas embaixadas, o que culmina a primeira fase do histórico degelo anunciado há sete meses, em 17 de dezembro de 2014, pelos presidentes Barack Obama e Raúl Castro.

(Com agência EFE)

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