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Dia da mentira na França não perdoa turistas e nem ministro

Muitos parisienses se surpreenderam ao ver que os nomes das estações de metrô tinham mudado: "Alexandre Dumas" por "Les Trois Mousquetaires" e "Pyrénées" por "Alpes"

Por Da Redação
1 abr 2016, 16h15

A polícia apresentou seu primeiro agente-gato, Marselha construirá sua própria Torre Eiffel, as estações de metrô de Paris mudaram de nome e um hacker revelou que o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, mantém relações sexuais antes de cada Conselho de Ministros. Todas essas notícias foram publicadas nesta sexta-feira na imprensa francesa ou divulgadas por seus protagonistas, e todas têm um denominador comum: são brincadeiras para celebrar o primeiro de abril na França.

Nesta sexta-feira, a imprensa francesa dissemina sem pudor as mentiras mais incríveis seguindo uma tradição que começou em 1564, quando o rei Carlos IX da França anunciou que o ano começaria a partir de 1º de abril e não de 1º de janeiro. Por causa do rei fanfarrão, já são mais de 400 anos em que países francófonos e anglo-saxões toleram mentiras no dia 1º de abril.

Paris – Muitos parisienses se surpreenderam esta manhã ao ver que as placas que indicam os nomes das estações de metrô tinham mudado: “Ópera” por “Apero” (aperitivo), “Alexandre Dumas” por “Les Trois Mousquetaires” e “Pyrénées” por “Alpes”. “Um minuto de silêncio por todos os turistas que vão se perder”, escreveu um internauta no Twitter sobre a palhaçada do RATP, o consórcio que explora o metrô parisiense.

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Contrastando com a tradicional seriedade militar, a polícia francesa também entrou na brincadeira e publicou no Twitter várias fotos de um adorável gatinho investigando possíveis pistas criminais. “Aqui está Gigi, o primeiro gato-policial antidrogas da brigada felina para inspecionar os lugares até agora inacessíveis”, escreveu a gendarmaria francesa (a polícia nacional) em sua conta oficial.

O jornal La Provence, demonstrando que as brincadeiras do dia que se conhece na França como “poisson d’avril” (pescaria de abril) estão profundamente arraigadas no jornalismo francês, anunciava a construção de uma segunda Torre Eiffel, em Marselha. Tratar-se-ia, afirmava o redator, de um gesto simbólico em solidariedade à candidatura olímpica de Paris 2024. A emissora France Bleu anunciou a iminente inauguração de um “caixa-automático de bolachas suíças” na estação ferroviária de Rennes, enquanto a France 3 informou que o pintor Pierre Soulages, de 96 anos, renunciava definitivamente a cor negra em suas telas por considerá-la “deprimente demais”.

O site investigativo Rue89, onde a fictícia jornalista Cerise Simet – pseudônimo que publica um texto nesse jornal todo ano em 1º de abril – noticiou que um hacker tinha entregado dados dos últimos três anos do telefone do primeiro-ministro, Manuel Valls. O ministro seria um viciado nas estatísticas de seu smartphone, onde sistematicamente introduziria dados relativos às vitaminas que consome, os exercícios que faz, os degraus que sobe e seus hábitos sexuais. “Seu telefone indica que todos seus coitos duram entre 7,42 e 8,13 minutos e acontecem, sem falta, todo sábado e toda quarta-feira de manhã… logo antes do Conselho de Ministros”, brincou essa publicação digital no único dia do ano em que na França se pode escrever sobre quase tudo, seja verdade ou não.

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(Com agência EFE)

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