Depois do ex-presidente Lula passar pela Argentina para participar da campanha de Daniel Scioli à Presidência, foi a vez de sua sucessora abrir as portas de seu gabinete em Brasília para receber – e apoiar – o candidato de Cristina Kirchner. Em visita à capital brasileira nesta terça, Scioli teve um encontro de aproximadamente uma hora com a presidente Dilma Rousseff. Tão logo saiu da sala da presidente, ele postou no Twitter que Dilma estava torcendo por sua vitória.
Evidentemente, por respeito aos ritos diplomáticos e aos assuntos internos de outros países, um presidente sempre deve se manter neutro em questões eleitorais de outras nações. Percebendo o potencial risco do apoio público de Dilma a Scioli, o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, tentou remendar o estrago. E, como é de praxe no governo Dilma, a emenda saiu pior que o soneto: “A presidente afirmou sua disposição de cooperar com o futuro governo evidentemente tendo em vista a perspectiva que ele ganhe as eleições. Eu não vou dizer que ela desejou a vitória dele, nem vou dizer o contrário”, disse Marco Aurélio, ou não.
Leia também
Apagado no Brasil, Lula vai à Argentina para apoiar candidato de Cristina
Daniel Scioli lidera pesquisas para a Presidência argentina
(Da redação)