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Após greve parar Argentina, Cristina reclama de sindicatos

Presidente argentina insinua que sindicalistas que protestam contra imposto 'esqueceram suas origens'. Grupos prometem nova paralisação caso reivindicação não seja atendida

Por Da Redação
1 abr 2015, 04h41

Uma greve de 24 horas nos transportes por uma redução do imposto sobre os salários paralisou nesta terça-feira grande parte da atividade na Argentina, sete meses antes das eleições presidenciais. Essa é quarta greve de transportes desde o início do governo Cristina Kirchner, em 2007. Apenas automóveis particulares circulavam nesta terça-feira por Buenos Aires por causa do protesto que atingiu todas as modalidades de transporte público.

As companhias aéreas Aerolíneas Argentinas, Austral, LAN e TAM tiveram que cancelar seus voos, enquanto as demais empresas sofreram desvios e atrasos.

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Governo – Diante da paralisação do país, a presidente argentina Cristina Kirchner – um dos alvos dos protestos ao lado do imposto que afeta os salários dos trabalhadores – reclamou dos sindicatos que convocaram a greve. “Me dói que eles façam paralisação, porque têm que dar um pouquinho de seu salário para que se pague aos outros companheiros, aos aposentados, aos que precisam de água potável”, disse Cristina em um ato público diante de milhares de seus partidários na periferia.

Os sindicatos são contra o imposto aos salários em escala progressiva que vai até 35% e que se aplica sobre remunerações a partir de 15.000 pesos (cerca de 5.400 reais). O imposto alcança um universo cada vez maior de trabalhadores porque desde agosto de 2013 o valor mínimo ao qual o imposto é aplicado permanece invariável, enquanto os salários sofreram aumentos pelas negociações paritárias com as empresas.

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O governo argentino precisa dessas receitas fiscais para manter numerosos programas assistenciais. Em sua fala, Cristina tentou minimizar a greve, dizendo que a paralisação ‘não foi geral’. “Se tivesse trens, metrô ou ônibus, não teria havido greve, que não foi geral, foi de transportes”, disse ela. Em outra provocação, a governante citou Evita Perón para insinuar que os sindicalistas opositores ‘esqueceram suas origens’: “Tenho mais medo da frieza dos corações daqueles que se esqueceram de onde vêm do que dos oligarcas”.

Em reação, um dos líderes do protesto, o dirigente canhoneiro Hugo Moyano, disse em coletiva de imprensa que “a paralisação foi contundente e agora se espera que o governo dê as respostas que os trabalhadores merecem”. Os sindicatos anunciaram que, se não conseguirem o que querem, farão uma nova greve, desta vez por 36 horas em meados de abril.

(Com agência France-Presse)

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