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Dentista americano mata leão símbolo do Zimbábue

O felino chamado Cecil foi morto após ser atraído para fora do Parque Nacional de Hwange, onde vivia. O caso provocou a ira dos grupos de preservação mundo afora

Por Da Redação
28 jul 2015, 15h35

Walter Palmer, um dentista de Minnesota, foi o homem que matou Cecil, o leão mais famoso do Parque Nacional de Hwange, no Zimbábue, revela o jornal britânico The Telegraph nesta terça-feira. O animal foi morto pelo caçador americano, de forma ilegal, no início de julho. Segundo o jornal, Palmer pagou algo em torno de 50.000 dólares, ou 170.000 reais, para disparar a flecha que tirou a vida da principal atração turística da reserva. “Isso é uma verdadeira perda para a nossa indústria de turismo e causou grande comoção popular”, declarou o presidente da Associação de Operações de Safari do Zimbábue, Emmanuel Fundira, à agência France-Presse.

Duas fontes confirmaram a identidade do caçador ao jornal britânico, que também teve acesso à permissão de caça usada por Palmer. Um porta-voz do americano afirmou que Walter Palmer acredita ter matado o leão, mas que tinha “permissões legais e contratou diversos guias profissionais” para acompanhá-lo. No entanto, os organizadores que Palmer contratou admitiram posteriormente que a caçada foi conduzida de forma ilegal, já que é uma atividade proibida no parque.

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Johnny Rodrigues, responsável pela equipe de Conservação do Zimbábue, (ZCTF, na sigla em inglês), afirmou ao jornal El País que Theo Bronkhorst, responsável pelo Parque Nacional de Hwange, foi quem recebeu o dinheiro do dentista e organizou a caçada. No entanto, no dia seguinte à morte do leão, ele reportou o erro à autoridade que controla a administração e vida selvagem do parque. Nessa terça, a associação de Parques Nacionais do Zimbábue emitiu um comunicado informando que Bronkhorst enfrentará acusações pela morte de Cecil.

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Grupos de preservação do Zimbábue reagiram imediatamente à notícia, e consideraram a morte do leão de 13 anos um absurdo, parte por ele ser muito conhecido pelos turistas e sempre gostar do contato humano e parte pela forma como foi morto. Cecil foi atraído para fora do parque com a carne de um animal e recebeu o primeiro disparo de flecha do arco de Palmer, que não foi fatal. Depois de 40 horas agonizando, o animal foi localizado novamente, morto, decapitado e esfolado.

Cecil não foi a primeira vítima de Walter Palmer, que possuí uma série de fotos em que documenta seus “troféus” de caça. Segundo o Telegraph, Palmer já visitou a Espanha para caçar camurças, cervos e cabras, e costuma caçar ovelhas na Califórnia. O dentista também já havia estado no Zimbábue em 2010, quando matou um leopardo de 80 quilos. De acordo com Johnny Rodrigues, o caçador de Cecil não acabou apenas com o líder de uma manada de três fêmeas e seus descendentes. “Perdemos Cecil e também a metade de sua família, porque seus descendentes não sobreviverão à chegada de um novo macho, que deverá matar uns 12 filhotes”, assegurou.

(Da redação)

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