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Cúpula das Américas terá foco em Cuba, Venezuela e relações entre Brasil e EUA

A 7ª edição do evento reúne chefes de Estado de 35 nações do continente no Panamá. Encontro entre Barack Obama e Raúl Castro é o mais aguardado

Por Da Redação
11 abr 2015, 08h24

As atenções políticas e diplomáticas do continente americano estarão todas voltadas neste sábado para a 7ª edição da Cúpula das Américas. O evento, cuja abertura oficial ocorreu nesta sexta-feira, reúne no Panamá chefes de Estado e representantes de 35 países, sendo que o foco principal recairá sobre o aguardado encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o ditador de Cuba, Raúl Castro. Esta é, inclusive, a primeira vez em que Havana participa do encontro de nações. Outros temas que também nortearão as mesas de discussão são a crise política da Venezuela e a reaproximação entre os governos de Brasil e Estados Unidos.

Nesta quinta, preparando o terreno para o encontro entre o líder americano e o ditador cubano, o secretário de Estado dos EUA John Kerry se encontrou no Panamá com o chanceler cubano Bruno Rodríguez. A reunião, convenientemente fotografada, foi o encontro de mais alto nível diplomático entre Estados Unidos e Cuba em meio século. Desde 1958 que os chefes da diplomacia dos dois países não se reuniam.

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Em outro sinal de reaproximação, o Departamento de Estado americano recomendou nesta quinta que o nome de Cuba seja retirado da relação de países que financiam o terrorismo. A ilha integra a lista, que também inclui Irã, Síria e Sudão, desde 1982. A sugestão de Kerry deve ser revisada agora por uma equipe da Casa Branca, que depois passará para Obama suas conclusões. Cuba reivindica sua saída dessa lista, mas não considera a retirada como um pré-requisito para retomar as relações bilaterais com os EUA e reabrir as embaixadas nas respectivas capitais. Analistas, no entanto, acreditam que esse seria um passo muito importante para a normalização diplomática entre os dois países.

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Embora Havana esteja se mostrando mais aberta diplomaticamente a Washington, a ditadura castrista provou ao longo desta semana que não tem interesse em mudar as práticas repressivas que a caracterizou nas últimas décadas. Com medo de que opositores políticos ganhassem voz no Panamá, o país enviou as chamadas Brigadas de Resposta Rápida para agredir cubanos e pessoas de outros países, como Nicarágua e Argentina, que se dispuseram a participar das mesas de trabalho com os dissidentes.

Venezuela – Mesmo antes da abertura oficial da Cúpula, com a presença dos chefes de Estado, o governo de Caracas já criou o primeiro constrangimento. A Venezuela se recusou a assinar um documento conjunto que expressaria um consenso entre as 35 nações participantes da Cúpula. O governo bolivariano de Nicolás Maduro quis exigir que os demais chefes de Estado participantes do evento incluíssem um preâmbulo condenando as sanções diplomáticas e econômicas que os EUA aplicaram contra sete de seus funcionários. A medida foi adotada por Washington após o presidente americano Barack Obama considerar o país uma “ameaça à segurança nacional”.

Nesta terça, buscando aliviar as tensões, Washington baixou o tom e Ben Rhodes, alto integrante do Conselho de Segurança Nacional, assinalou que os “Estados Unidos não acreditam que a Venezuela represente uma ameaça para sua segurança”. Ricardo Zúñiga, responsável para América Latina do Conselho de Segurança Nacional, afirmou que a Casa Branca não possui “nenhum programa hostil” em relação a Caracas. “Estamos interessados no sucesso da Venezuela, em sua prosperidade, sua segurança, estabilidade e democracia. Nós somos o principal parceiro comercial da Venezuela”. Em outra oportunidade, a Casa Branca já se expressado afirmando que as sanções são contra indivíduos ligados ao governo que participaram ou patrocinaram ações contra as liberdades civis e não são contra o povo venezuelano.

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