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Cuba diz que Obama é bem-vindo… desde que fique quieto

O presidente dos EUA revelou recentemente seu desejo de visitar a ilha e se encontrar com dissidentes. Cuba respondeu que não vai tratar de assunto internos com Obama

Por Da Redação
17 dez 2015, 07h54

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, é bem-vindo para visitar Cuba, mas não para interferir em assuntos internos, disse Josefina Vidal, diretora de questões americanas no Ministério das Relações Exteriores cubano. Nesta semana, Obama disse à imprensa que espera visitar Cuba em 2016, mas somente se houver progresso suficiente nas relações bilaterais, possa se encontrar com dissidentes políticos e possa “empurrar o governo cubano em uma nova direção”.

“Deixei muito claro em minhas conversas com Raúl Castro que continuaríamos a contatar aqueles que querem ampliar o alcance da liberdade de expressão dentro de Cuba”, afirmou o presidente americano. “Gostaria de lembrar que Cuba sempre disse que não irá negociar questões inerentes ao seu sistema interno, em troca de melhorias ou normalização das relações com os Estados Unidos”, respondeu Josefina.

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Na semana passada, os dois países deram mais um passo rumo à normalização completa com o anúncio de um acordo para restabelecer o serviço postal direto através de um plano piloto de transporte de correios. Também estão sendo negociados acordos para estabelecer voos comerciais regulares entre EUA e Cuba e, no final de novembro, representantes dos dois governos tiveram em Washington uma reunião centrada na migração e outra sobre o combate ao narcotráfico.

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No meio da crise dos milhares de cubanos que estão parados na América Central, Cuba está cobrando dos Estados Unidos que ponha fim à lei de Ajuste Cubano, vigente desde 1966 e que, junto com a política de “pés secos/pés molhados”, privilegia os cubanos que alcançam chegar a território americano. No entanto, os EUA se recusam a fazer mudanças nessa política, mesmo depois do restabelecimento de relações com Cuba.

Outro dos temas que continua a ser um obstáculo à normalização plena é o embargo econômico sobre Cuba, cuja suspensão completa depende do Congresso americano, embora Obama já tenha tomado medidas executivas para flexibilizar as viagens e algumas transações comerciais com a ilha. Há um ano, Obama e o ditador cubano, Raúl Castro, chocaram o mundo ao anunciar que os ex-adversários iriam normalizar relações. Em julho, aceitaram restaurar laços diplomáticos após uma ruptura de 54 anos.

(Da redação)

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