Operação já custou mais de 1 bilhão de euros e apresenta riscos ambientais
Por Da Redação
23 jul 2014, 14h07
Uma das maiores operações de resgate marítimo entrou em uma nova etapa nesta quarta-feira, com o reboque do navio de cruzeiro Costa Concórdia até o porto da cidade italiana de Gênova. A embarcação ficou mais de dois anos encalhada perto da ilha de Giglio, na Toscana, desde o desastre que deixou 32 mortos, em janeiro de 2012. Há nove dias, engenheiros conseguiram fazer o barco voltar a flutuar. Desde então, ele tem sido mantido acima da superfície por câmaras de flutuação gigantes. Várias embarcações vão auxiliar no transporte até o porto de Gênova, que deve durar quatro dias.
À rede BBC, o responsável pela operação, Nick Sloane, disse que até aqui, tudo está saindo como o planejado. Franco Gabrielli, chefe do serviço de proteção civil da Itália, no entanto, pontuou à agência Reuters que uma “vitória” só poderia ser comemorada após o Costa Concordia atracar em Gênova. A operação já custou aos cofres italianos mais de 1 bilhão de euros (3 bilhões de reais) e o custo total pode chegar até 1,5 bilhão de euros (4,45 bilhões de reais). (Continue lendo o texto)
No caminho até o porto, o Costa Concordia deverá passar pela ilha francesa de Córsega e próximo às ilhas italianas de Elba e Capraia. Devido aos riscos de vazamento do combustível que está armazenado no cruzeiro, a ministra da Ecologia francesa, Segolène Royal, comprometeu-se a monitorar o reboque. Habitantes das ilhas temem que a operação possa vir a prejudicar e contaminar o ecossistema da região.
Investigadores ainda estão procurando o corpo do garçom indiano Russel Rebello, cujos restos mortais são os únicos que não foram localizados pelas equipes de busca desde o naufrágio. A empresa Costa Crociere, mantenedora do Costa Concordia, está sendo processada por dezenas de sobreviventes do acidente, enquanto o capitão do navio, Francesco Schettino, responde por homicídio e abandono de navio.
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