Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Coreia do Norte sentencia pastor canadense à prisão perpétua com trabalhos forçados

Hyeon Soo Lim foi acusado de ofender a dignidade do líder supremo e tentar usar a religião para disseminar propaganda negativa contra o país

Por Da Redação
16 dez 2015, 17h45

A Suprema Corte da Coreia do Norte condenou nesta quarta-feira um pastor canadense nascido na Coreia do Sul a trabalhos forçados por toda a vida, pelo que os juízes qualificaram como crimes contra o Estado norte-coreano, informou a agência estatal KCNA. Hyeon Soo Lim foi preso em fevereiro. No início do ano, ele apareceu na imprensa estatal do país confessando crimes contra o Estado.

Lim, que é pastor-chefe de uma das maiores igrejas do Canadá, admitiu durante o julgamento de 90 minutos que “não só difamou violentamente a mais alta autoridade da Coreia do Norte e o seu regime, mas também tinha a intenção nefasta de tentar derrubar a República, encenando uma conspiração anti-Estado”, disse a KCNA. Em julho, Lim apareceu em uma entrevista coletiva organizada pelo regime de Pyongyang e admitiu tramar para derrubar o Estado norte-coreano.

Formalmente, ele foi acusado pelo tribunal de ofender a dignidade do líder supremo, tentar usar a religião para disseminar propaganda negativa contra a Coreia do Norte para os coreanos que vivem no exterior e ajudar autoridades dos EUA e da Coreia do Sul a enganar e sequestrar cidadãos norte-coreanos.

Leia também:

Coreia do Norte tem bomba de hidrogênio, diz Kim Jong-un

Kim Jong-un não usa banheiro estranho e só viaja com seu ‘troninho’ pessoal

Coreia do Norte anuncia a reativação de seu reator nuclear

Continua após a publicidade

A promotoria pediu a pena de morte, mas a defesa pediu clemência, apesar da “gravidade de seus crimes”, para que ele possa “testemunhar por si mesmo a realidade da nação do Sol à medida em que cresce em poder e prosperidade”. O tribunal decidiu então condená-lo a trabalhos forçados por toda a vida.

O pastor, que lidera a Igreja Presbiteriana da Luz de Mississauga, cidade próxima a Toronto, viajou para Coreia do Norte através da China no começo do ano, e, em 31 de janeiro, perdeu-se a comunicação com ele. Sua família insistiu, desde a prisão de Lim em janeiro, que suas atividades no país se limitavam a ajudar os menos favorecidos e pediu ao governo norte-coreano que o libertasse, além de exigir esforços diplomáticos do governo canadense.

Lim é uma das quatro pessoas que permanecem detidas na Coreia do Norte, junto com três cidadãos sul-coreanos acusados de espionagem e delitos semelhantes. No caso dos sul-coreanos, todos foram sentenciados a prisão perpétua ou trabalhos forçados por toda a vida.

Continua após a publicidade

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.