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Coreia do Norte promete ativar todas instalações nucleares

Anúncio ocorre após aval para expandir programa nuclear. Entre as unidades reativadas está reator desligado em 2007 após acordo de desnuclearização

Por Da Redação
2 abr 2013, 03h52

Dando continuidade à série de provocações das últimas semanas, a Coreia do Norte anunciou nesta terça-feira que vai reativar todas as suas instalações nucleares, incluindo um reator de cinco megawatts em Yongbyon, que havia sido desativado em 2007 após um acordo internacional de desnuclearização. O reator costumava ser fonte de plutônio para o regime de Pyongyang e chegou a ter parte de sua torre de resfriamento destruída.

Mas as negociações com os Estados Unidos, Coreia do Sul, China, Japão e Rússia foram paralisadas em 2008, depois que cresceu a desconfiança de que o governo do então ditador Kim Jong-il escondia parte de suas instalações nucleares e Pyongyang se retirou ao receber sanções da ONU por efetuar testes com mísseis de longo alcance.

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Um porta-voz da Direção Geral da Agência Central de Energia Atômica norte-coreana afirmou que serão tomadas medidas para reiniciar o reator e renovar suas instalações, que poderão ser utilizadas para a produção elétrica e também para fins militares, informou a agência de notícias estatal KCNA.

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O anúncio ocorre no dia seguinte à aprovação, pela Assembleia do Povo norte-coreana (o Parlamento local), de um plano para aumentar a importância do programa nuclear do país. A decisão foi tomada após o governo do ditador Kim Jong-un pedir a ampliação “qualitativa e quantitativa” das forças nucleares. Segundo a agência estatal KCNA, a Assembleia do Povo adotou com unanimidade uma proposta para dar um maior destaque às armas nucleares na defesa norte-coreana. “As armas nucleares têm o propósito de retaliar ataques até que o mundo seja desnuclearizado”, diz o texto aprovado.

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No domingo, o Partido dos Trabalhadores da Coreia (comunista) realizou uma rara reunião de cúpula e descreveu as armas nucleares como “a vida da nação”. “A posse de armas nucleares pela Coreia do Norte deveria ser estabelecida em lei e as forças nucleares deveriam ser ampliadas e reforçadas qualitativa e quantitativamente”, ressaltou a cúpula comunista, segundo a agência estatal.

Resposta sul-coreana – A Coreia do Sul classificou como “profundamente lamentável” o anúncio da reabertura das instalações nucleares do país vizinho. Em declarações para a imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Cho Tai-young, pediu que Pyongyang cumpra “as promessas que fez no passado e torne realidade a desnuclearização da península coreana”.

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Bomba atômica – O jornal americano The Washington Post afirmou nesta segunda-feira, com base em informações de especialistas americanos, que a Coreia do Norte adotou medidas pouco usuais para diminuir rastros da bomba usada no teste nuclear de fevereiro, o terceiro da história do país.

Segundo o jornal, o governo americano não conseguiu detectar rastros do teste na Coreia do Sul nem na atmosfera. A descoberta levantou suspeitas de que os cientistas norte-coreanos chegaram à fabricação de uma bomba que usa urânio enriquecido como sua base.

Plano – A Coreia do Sul, aliada dos americanos, revelou nesta segunda seu plano para neutralizar possíveis ataques do país vizinho. O ministro da Defesa, Kim Kwan-jin, entregou à presidente sul-coreana, Park Geun-hye, o projeto de um novo sistema antimísseis e novos satélites espiões, que permitirão ao Exército do país lançar uma ação preventiva de defesa caso a Coreia do Norte mostre sinais de um ataque iminente. No encontro, a mandatária aproveitou para ordenar que o exército “responda com força” a qualquer ataque do Norte, sem levar em conta “considerações políticas”.

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Os dois aliados respondem às sucessivas ameaças do ditador norte coreano Kim Jong-un a Seul e Washington. Pyongyang começou a engrossar sua retórica belicista no início de março, quando a ONU adotou novas sanções por causa da realização do novo teste nuclear norte-coreano. A partir de então, já cortou todas as linhas de comunicação com a Coreia do Sul e declarou “estado de guerra”. No entanto, especialistas acreditam que o regime comunista está apenas tentando provocar efeitos psicológicos na região.

(Com agência EFE)

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