Os cidadãos norte-americanos Kenneth Bae e Matthew Todd Miller foram libertados da prisão pelo governo norte-coreano e estão voltando para os Estados Unidos. Segundo o governo dos EUA disse neste sábado, James Clapper, diretor da inteligência nacional, acompanha os dois na viagem de volta.
Bae, um missionário, foi preso na Coreia do Norte em novembro de 2012 e condenado a 15 anos de trabalhos forçados por crimes contra o Estado. Miller, julgado em uma acusação de espionagem, estava sob custódia desde abril deste ano e foi condenado a seis anos de trabalhos forçados.
“É um dia maravilhoso para eles e suas famílias”, disse o presidente dos EUA, Barack Obama, na Casa Branca. “Obviamente estamos muito gratos pelo seu retorno em segurança e aprecio o fato de o diretor Clapper ter feito um grande trabalho no que era uma missão desafiadora”. Os Estados Unidos pediram várias vezes a libertação dos americanos por motivos humanitários, principalmente porque Bae teria problemas de saúde.
A participação direta de Clapper, diretor da inteligência nacional, foi inesperada e sua viagem à Coreia do Norte havia sido mantida em segredo até então. O governo dos EUA não deu outros detalhes sobre como ele se envolveu no caso.
“Somos gratos ao diretor da inteligência nacional Clapper, que se envolveu em nome dos EUA em discussões com autoridades da República Democrática Popular da Coreia sobre a libertação de dois cidadãos”, disse o Departamento de Estado dos EUA em comunicado. “Também queremos agradecer nossos parceiros internacionais, especialmente o governo da Suécia, por seus esforços incansáveis para ajudar a garantir a liberdade dos senhores Bae e Miller”.
A Coreia do Norte tem mantido uma campanha diplomática para combater acusações de um órgão das Nações Unidas que observou abusos amplos a direitos humanos, assim como uma medida de alguns membros da ONU para remeter o país a um tribunal internacional.
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A soltura ocorreu algumas horas antes de o presidente Barack Obama partir para uma viagem à Ásia que deve incluir negociações com líderes chineses sobre como Pequim pode usar sua influência junto à Coreia do Norte para influenciar seu programa nuclear, disseram autoridades norte-americanas.
O filho de Bae, Jonathan, disse à agência Reuters que recebeu uma ligação na noite de sexta-feira e que conseguiu falar com seu pai. “Durante o curto tempo em que falamos no telefone, ele parecia bem”, disse Jonathan.
(Com agência Reuters)