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Comissão eleitoral aprova 10 de 27 candidatos à presidência do Afeganistão

Em meio à saída das forças de segurança da Otan, país dá os primeiros passos rumo ao pleito que definirá o substituto de Hamid Karzai

Por Da Redação
22 out 2013, 19h00

A Comissão Independente Eleitoral do Afeganistão aprovou nesta terça-feira a candidatura de apenas 10 dos 27 políticos que se inscreveram para disputar a presidência do país. Segundo o jornal The Washington Post, o órgão atribuiu as eliminações a problemas com a documentação do candidato ou com a comprovação de pelo menos 100 000 assinaturas a seu favor, condição estipulada para ingressar na corrida eleitoral. Os candidatos que não foram aprovados terão até vinte dias para recorrer da decisão junto à comissão. A lista final será divulgada em novembro.

As eleições afegãs, previstas para abril de 2014, marcarão a primeira sucessão democrática da história do país. O atual presidente, Hamid Karzai, já cumpriu dois mandatos consecutivos e por isso não poderá concorrer. O pleito ocorrerá em um momento delicado para o Afeganistão. Responsáveis pela segurança do país desde a intervenção americana, as forças da Otan serão completamente substituídas por autoridades afegãs justamente em 2014.

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Um dos candidatos aprovados é o empresário Qayum Karzai, irmão do atual presidente, que foi duramente criticado por praticamente não ter comparecido a sessões do Parlamento durante o mandato que exerceu como político. Segundo a rede Al Jazeera, contudo, Qayum não terá o apoio do irmão: o candidato de Hamid Karzai deve ser Zalmai Rassoul, seu ex-chanceler. Rassoul também ganha força com seu candidato a vice, Ahmad Zia Massoud, que já foi vice-presidente durante o primeiro mandato de Karzai. Outro forte candidato é Abdullah Abdullah, que também foi chanceler de Karzai e seu oponente no segundo turno das eleições de 2009.

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Outro ex-colaborador de Karzai aprovado pela comissão eleitoral é o ex-ministro de Finanças Ashraf Ghani. Com a reputação de tecnocrata, Ghani terá por vice uma figura controversa, o general Abdul Rashid Dostum, acusado de ordenar estupros durante a década de 1990 e sufocar 2 000 prisioneiros do Talibã dentro de contêineres.

Entre os demais nomes aprovados pela comissão eleitoral está o de Abdul Rasul Sayyaf, que, segundo a rede BBC, convidou o terrorista Osama Bin Laden para visitar o Afeganistão em 1996 e foi descrito pelo serviço de inteligência dos Estados Unidos como o mentor de Khaled Sheikh Mohammed, que orquestrou o ataque de 11 de setembro.

Entre os nomes rejeitados estão Khadija Ghaznawi, a única postulante mulher, proveniente de uma região com forte presença do grupo fundamentalista Talibã, e Hashmat Ghani Ahmadzai, representante de uma comunidade nômade afegã, que adversários acusam de possuir cidadania americana, o que impediria sua candidatura.

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