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Com cemitérios lotados, Israel investirá em catacumbas

Projeto quer escavar uma montanha para construir uma necrópole subterrânea, com túneis e elevadores

Por Da Redação
20 Maio 2015, 19h37

Israel vai investir em catacumbas para resolver um dilema urbanístico de Jerusalém: os cemitérios superlotados. Um projeto desenvolvido por uma organização de enterros israelense e uma empreiteira, orçado em 50 milhões de dólares, pretende escavar uma montanha na capital do país para construir uma necrópole subterrânea. A primeira fase do projeto abrirá 22.000 tumbas, que estarão dispostas em um esquema de pirâmide e serão interligadas por túneis e acessadas por elevadores. A maioria dos túmulos será destinada a judeus que moram no exterior e que, segundo o jornal The Washington Post, são os principais responsáveis por financiar a manutenção dos cemitérios israelenses – os custos do traslado, ritos e lápides giram entre 5.000 e 10.000 dólares.

Muitos judeus, inclusive os que vivem fora de Israel, nutrem o desejo de ser enterrado em Jerusalém. Moram na capital atualmente 522.000 judeus – em todo o país, a população soma 6 milhões. Outros 8 milhões vivem no exterior. Com uma demanda crescente, faltam espaços para os mortos em Jerusalém.

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Dois cemitérios, um ao lado da Suprema Corte e outro ao lado do hospital Shaare Zedek, estão superlotados e não aceitam mais enterros. O cemitério privado Sanhedria, no centro da cidade, também está cheio e cobra até 20.000 dólares por um túmulo. Já o cemitério nacional Monte Herzl é reservado para notáveis, líderes políticos e soldados.

Para muitos, o Monte das Oliveiras é o lugar perfeito para ser enterrado. Segundo a tradição judia, este é o local onde, após a vinda do Messias, começará a ressurreição dos mortos. Há, no entanto, complicações relacionadas à segurança, uma vez que os palestinos desejam fundar a capital de um Estado futuro na região. Resta, portanto, apenas o cemitério de Har Hamenuchot, o “Monte Daqueles que Descansam”, inaugurado em 1951 e localizado na saída de Jerusalém para Tel Aviv.

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Cremação – O problema da superlotação dos cemitérios de Jerusalém reside no fato de que grande parte dos judeus é contrária à cremação e não tem o interesse de ser enterrada em áreas despovoadas. As catacumbas acabariam de vez com a falta de espaço para os mortos. Nas famosas catacumbas de Paris, por exemplo, há restos mortais de mais de 6 milhões de pessoas. “O futuro está no subterrâneo. Trata-se de fazer um uso melhor e mais inteligente da terra”, declarou Yair Maayan, gestor do projeto das catacumbas.

Para os judeus israelenses, o enterro na catacumba seguiria sendo realizado de graça, através do seguro nacional mantido pelo governo. As famílias seriam encarregadas de arcar com os custos de lápides, rituais, roupa que envolve os mortos e reserva de local, caso um casal queira ser enterrado lado a lado, por exemplo. De acordo com os idealizadores do projeto, túneis e criptas contarão com iluminação apropriada, esculturas e controle de temperatura e umidade. Tudo para que vigore um ambiente propício para que os visitantes prestem as suas homenagens e, principalmente, para que os mortos possam descansar em paz.

(Da redação)

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