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Cidade dos EUA tem 31 detidos em nova noite de protestos

Ferguson, no Missouri, enfrenta distúrbios após morte de um adolescente negro

Por Da Redação
19 ago 2014, 06h59

A polícia americana prendeu pelo menos 31 pessoas após mais uma noite de distúrbios em Ferguson, no Missouri. A pequena cidade de 21.000 habitantes do meio-oeste dos Estados Unidos enfrenta mais de uma semana de protestos violentos e tensão racial após a morte de Michael Brown, um jovem negro alvejado por um policial branco. Para tentar conter a crise, o governador do Missouri, Jay Nixon, convocou a Guarda Nacional.

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Na noite desta segunda-feira, horas depois do presidente Barack Obama pediu calma na cidade, centenas de manifestantes voltaram a ocupar a principal avenida de Ferguson em um protesto que começou pacífico e terminou em confronto com as tropas de segurança. O tumulto começou quando a polícia tentou desbloquear a rua e acabou alvo de garrafas e coquetéis molotov. As forças de segurança avançaram rumo aos manifestantes e usaram gás lacrimogêneo e bombas de fumaça para dispersar a multidão.

Os feridos foram atingidos por tiros dos manifestantes, anunciou o chefe de polícia de Ferguson, Ronald Johnson. Ele afirmou que os agentes não abriram fogo. Quatro policiais foram feridos por objetos lançados pelos participantes no protesto. Johnson destacou que a polícia teve que utilizar gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação. O chefe de polícia não teve condições de falar sobre o estado de saúde dos feridos. O chefe da polícia pediu para que os protestos aconteçam durante o dia para evitar que “uma minoria de criminosos” provoque o confronto com as forças de segurança. Entre as 31 pessoas detidas após as manifestações da noite de segunda, há cidadãos de outros estados, como Nova York e Califórnia, informou Johnson.

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Autópsia – Uma autópsia independente encomendada pelos pais de Michael Brown, o jovem negro morto por um policial de Ferguson, no estado do Missouri, em circunstâncias não esclarecidas, revelou que o adolescente foi baleado seis vezes. Segundo o legista Michael M. Baden, ex-chefe da equipe de legistas de Nova York, quatro tiros atingiram o braço de Brown, enquanto os outros dois entraram pela cabeça do adolescente. Embora um dos disparos tenha perfurado o seu olho e saído pela mandíbula, o jovem sobreviveria a todos os ferimentos, exceto ao que foi provocado pelo tiro que atingiu o alto de sua cabeça. Dadas às circunstâncias analisadas por Baden, Brown só poderia ter sido atingido por este disparo se estivesse com a cabeça inclinada para frente, seja em pose de cansaço ou correndo em direção ao policial.

Baden salientou que “não há sinais de luta” no corpo do jovem de 18 anos, o que derrubaria a hipótese de que ele tentou agredir o policial antes de ser baleado. Como só teve acesso ao corpo do rapaz e não pôde analisar os exames feitos pelas autoridades, Baden disse que não pode precisar o que de fato ocorreu na cidade de Ferguson. A autópsia, entretanto, leva a crer que Brown foi baleado à distância, uma vez que não havia sinais de pólvora em seu corpo. O jornal New York Times reportou que há a possibilidade de as roupas do jovem apresentarem os resquícios de pólvora, mas o legista também não pôde examiná-las.

(Com agência EFE)

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