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Cidade americana é abastecida com água contaminada há quase dois anos

Moradores pedem a prisão do governador de Michigan, Rick Snyder. Testes realizados em crianças da cidade revelaram altos níveis de chumbo no sangue, inclusive em bebês

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h15 - Publicado em 20 jan 2016, 18h50

Moradores da cidade americana de Flint pedem a renúncia e a prisão do governador de Michigan, o republicano Rick Snyder, após a comprovação de que a água consumida pela população de mais de 100.000 pessoas desde meados de 2014 está contaminada com altos níveis de chumbo, metal tóxico e pesado. A contaminação foi causada por uma obra que alterou a fonte de captação da água da cidade – de um lago nas redondezas de Detroit para o Rio Flint – realizada em abril de 2014, como medida de corte de custos.

Durante mais de um ano, autoridades de Michigan ignoraram os alertas e reclamações de moradores sobre a cor, o odor e o sabor da água logo após a mudança. Em julho de 2015, a população recebeu um comunicado oficial atestando a qualidade da água, apesar de sua estranha coloração amarelada. “Não é uma emergência. Se a situação chegar a um ponto em que a água não seja segura para consumo, vocês serão notificados”, dizia o comunicado, segundo o jornal New York Times.

Entretanto, testes realizados em crianças da cidade revelaram altos níveis de chumbo no sangue, inclusive em bebês, e, no segundo semestre de 2015, as autoridades finalmente reconheceram o problema.

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Por causa do escândalo da água, o governador declarou estado de emergência na região na primeira semana de 2016. A cidade deixou de captar água do rio e a população vem recebendo doações de água potável e filtros, mas a crise da água em Flint está longe do fim. Uma vez que a água do rio corroeu os canos do sistema de abastecimento, a tubulação da cidade, mergulhada em uma crise econômica, deverá ser substituída. A recém-eleita prefeita de Flint, Karen Weaven, disse que os custos para desfazer os danos da contaminação, que incluem obras de infraestrutura e tratamento médico à população, devem ficar entre 1 bilhão e 1,5 bilhão de dólares.

O cineasta Michael Moore, que nasceu em Flint, entrou com uma petição pedindo a prisão do governador de Michigan, que “envenenou efetivamente não só algumas, mas aparentemente TODAS as crianças de Flint, minha cidade natal”, escreveu o cineasta. Em 1989, o documentário “Roger e Eu”, dirigido por Moore, mostra a decadência da cidade provocada pela crise econômica que se seguiu após o fechamento de uma fábrica da montadora General Motors, que empregava grande parte dos trabalhadores de Flint.

(Da redação)

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