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Chineses superam mexicanos em mudança migratória inédita nos EUA

Estudantes universitários e trabalhadores capacitados puxam a lista dos 147.000 chineses que adentraram nos Estados Unidos em 2013, revela levantamento mais recente

Por Da Redação
6 jun 2015, 17h51

Depois dos latino-americanos, artífices da grande mudança demográfica americana, os asiáticos são responsáveis por protagonizar um novo paradigma migratório nos Estados Unidos. Em 2013, pela primeira vez, pessoas oriundas da Ásia estiveram na ponta do ranking de imigrações recentes ao país. Os latino-americanos, que representavam 47% das chegadas em 2000, diminuíram sua proporção para 30% em 2013, segundo dados apresentados pelo Censo na conferência anual da Associação Populacional dos EUA, um centro de pesquisas demográficas.

Enquanto os vizinhos do sul reduzem as chegadas, a cada dois “imigrantes recentes” – definidos como aqueles que há um ano viviam no exterior, independentemente de seu status legal -, um era asiático em 2013, sendo a maioria composta por chineses e indianos. Os asiáticos, no entanto, não cruzam fronteiras por terra ou se expõem da mesma maneira que os latino-americanos aos riscos da deportação. A grande maioria dos recém-chegados se matricula nas universidades mais caras do país ou é contratada pelas multinacionais tecnológicas do Vale do Silício.

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“Só na década passada, o número de imigrantes recentes chineses quase triplicou”, explicou em uma análise o Instituto de Políticas de Imigração (MPI, em inglês). Apesar de os hispânicos representarem a maior parcela em tamanho nos Estados Unidos, com 17%, o peso demográfico da comunidade hispânica nos Estados Unidos não cresce mais devido às novas chegadas de imigrantes, mas às segundas e terceiras gerações, que nascem e crescem no país e já impulsionam o espanhol à categoria de segundo idioma.

Apenas um terço dos hispânicos residentes nos Estados Unidos nasceu no exterior, frente a dois de cada três no caso dos asiáticos. “Há muitas razões pelas quais alguém decide emigrar – econômicas, familiares e educativas. Nossa pesquisa mostra uma tendência bem consistente, entre 2000 e 2013, do aumento de asiáticos, mas não podemos garantir que continuará assim”, afirmou Eric Jensen, autor do estudo e demógrafo do Censo dos EUA.

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De 1,2 milhão de imigrantes que chegaram aos Estados Unidos em 2013, 147.000 eram chineses, 129.000 indianos e 125.000 mexicanos. O estudo considera todos aqueles que tinham permissão de residência (Green Card), trabalhadores com vistos de não imigrante, estudantes e imigrantes ilegais. “Vemos que a distribuição de imigrantes mexicanos recentes mudou. Temos imigrantes mais velhos, o que indicaria menos deslocamentos por motivos de trabalho e mais por reunificação familiar”, comentou Jensen.

Ao contrário da tradicional migração mexicana, no caso chinês a maioria das ondas migratórias engloba jovens de 20 e 24 anos, cujas idades estão de acordo com o ingresso na universidade e coincidem com o aumento de graduados chineses nos Estados Unidos. “China e Índia dominaram os vistos de estudante e de emprego qualificado, tanto de maneira temporária como permanente”, considera em sua análise o MPI. Para o instituto, o fato de os recém-chegados asiáticos – programadores ou estudantes capazes de pagar mensalidades de mais de 45.000 dólares (mais de 135.000 reais) anuais – não terem raízes familiares faz prever que estes “imigrantes semente” iniciem uma nova onda migratória histórica quando começarem a trazer suas famílias.

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(Com agência EFE)

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