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China condena mais um político à prisão perpétua por corrupção

Liu Tienan foi condenado por receber 5,7 milhões de dólares em propinas

Por Da Redação
10 dez 2014, 16h06

A Justiça da China condenou o ex-vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reformas (NDRC, na silga em inglês) Liu Tienan à prisão perpétua por receber 5,7 milhões de dólares (14,7 milhões de reais) em propinas pagas por companhias petroquímicas e de automóveis. Liu, que também chefiou a Administração Nacional de Energia, foi expulso do Partido Comunista no ano passado e processado formalmente em junho deste ano. Segundo a agência de notícias Xinhua, ele manteve o esquema de corrupção ativo por um período de aproximadamente dez anos.

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“Por ter causado tantos danos ao país e ao partido, eu não tenho nenhum argumento para me defender”, afirmou Liu durante uma audiência judicial em setembro, de acordo com um jornal alinhado ao partido. Liu é um dos políticos de mais alto nível a ser condenado à prisão desde que Xi Jinping assumiu o poder no país. A sentença foi divulgada dias após Zhou Yongkang, ex-chefe de segurança da China, ser preso sob acusações de corrupção.

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Para Willy Lam, especialista do Centro de Estudos da China na Universidade de Hong Kong, a prisão de Zhou e a condenação de Liu podem ser vistas como o encerramento da primeira fase da cruzada anticorrupção que Xi Jinping lançou no país, o que resultou no isolamento de rivais políticos do presidente e ajudou o mandatário a consolidar seu poder. A divulgação da sentença também serve de aviso para a agência de planejamento estatal, uma vez que uma nova investigação contra outro importante diretor do órgão foi anunciada para agosto de 2015.

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“O NDRC é um ministério muito impopular porque representa uma grande burocracia que controla a virtual aprovação final de tudo relacionado à política econômica”, disse Willy Lam em entrevista ao Wall Street Journal. “Inevitavelmente, o poder que este órgão tem é um terreno fértil para a corrupção”. Segundo a imprensa estatal, a maior parte das propinas pagas a Liu foi em dinheiro, mas um carro no valor de 54.000 dólares também foi entregue a ele. Todos os bens adquiridos de forma ilícita foram devolvidos ao governo.

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