China prende 12 pessoas por explosões em Tianjin
Detidos fazem parte da diretoria da companhia responsável pelo terminal que explodiu. Outras 11 pessoas, entre funcionários do porto e fiscais, também foram indiciadas no caso
A polícia chinesa prendeu 12 pessoas como parte das investigações para apurar responsabilidades sobre as explosões que deixaram 139 mortos e devastaram parte da cidade portuária de Tianjin, em 12 de agosto. Segundo a agência de notícias estatal Xinhua, o presidente e diretores da companhia Ruihai International Logistics, responsável pelo terminal onde ocorreram as explosões estão entre os detidos. Eles são considerados suspeitos de armazenar ilegalmente produtos químicos perigosos, violando várias normas de segurança.
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O ministério público chinês também anunciou o indiciamento de outras 11 pessoas, entre funcionários públicos e fiscais do porto, por abuso de poder e negligência no caso das explosões. As autoridades da China suspeitam que funcionários receberam propina para ignorar as violações de segurança. Entre os acusados estão o responsável da comissão municipal de transporte de Tianjin, Wu Dai, e o presidente da autoridade do porto da cidade, Zheng Qingyue.
A tragédia ocorreu em um terminal de contêineres do porto no qual estavam armazenadas 3.000 toneladas de produtos perigosos, incluindo 700 toneladas de cianureto sódico altamente tóxico. O último balanço oficial das explosões é de 139 mortos (84 bombeiros, oito policiais e 47 civis) e 34 desaparecidos. Dos mais de 700 feridos no acidente, 527 continuam hospitalizados, 34 deles em estado grave. As explosões também alimentaram o temor de contaminação da água e do ar de Tianjin, cidade de 15 milhões de habitantes.
(Com agências France-Presse e EFE)