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Chernobyl: pior acidente nuclear da história completa 30 anos

Três décadas depois da explosão do reator 4, Ucrânia e outros países afetados pelo acidente precisam investir na proteção contra a radiação

Por Da Redação
26 abr 2016, 09h11

A explosão na usina nuclear de Chernobyl, a 120 km de Kiev, na Ucrânia, completa 30 anos nesta terça-feira sem ter deixado o posto de pior acidente nuclear da história. No aniversário do desastre, os ucranianos preparam vigílias para prestar homenagem às vítimas e aos “liquidadores”, as pessoas que ajudaram a atenuar os efeitos da emissão em massa de radiação. No dia 26 de abril de 1986, uma explosão no reator 4 contaminou áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia com substâncias radioativas.

O acidente matou 31 trabalhadores da usina, além de milhares de pessoas com doenças relacionadas à radiação. Na época do acidente, o governo da Ucrânia evacuou mais de 250 mil pessoas de suas casas. Até hoje, a zona de exclusão de 30 km ao redor de Chernobyl não pode ser habitada, tornando Pripyat, construída para abrigar trabalhadores da usina, em uma cidade fantasma.

Parentes das vítimas acenderam velas em diversas igrejas do país. Antes de se dirigir ao local do acidente, o presidente da Ucrânia, Petro Pooshenko, compareceu a uma cerimônia na capital Kiev.

Antigos moradores da zona de exclusão visitaram a cidade fantasma. Zoya Perevozchenko, de 66 anos, voltou a Pripyat depois de todos esses anos. “Eu mal reconheci meu apartamento. Tudo virou uma floresta, com árvores crescendo entre os andares, no telhado. Todos os ambientes estão vazios, os vidros das janelas não existem mais. Tudo está destruído”, disse Zoya à agência de notícias Reuters.

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Crise – A crise econômica que atinge a Ucrânia, a Rússia e Bielorrússia tornou cada vez mais difícil custear testes nos arredores de Chernobyl e auxiliar aqueles que ainda sofrem com problemas decorrentes da radiação. Na segunda-feira, dia 25, o governo dos Estados Unidos lembrou a tragédia e informou que irá doar mais 10 milhões de dólares, que serão destinados à segurança e à saúde das gerações futuras que vivem nos arredores das zonas afetadas. O país já doou mais de 400 milhões de dólares à causa desde o desastre.

Os níveis de radioatividade permanecem altos na área em torno da usina. Na Bielorrússia, uma organização não-governamental chamada ‘Pontes para a Bielorrússia’ alerta para a quantidade anormal de bebês que ainda estão nascendo com deformidades graves e pessoas que desenvolvem formas raras de câncer em uma região próxima à fronteira com a Ucrânia.

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Proteção – O aniversário do desastre nuclear coincide com o fim da vida útil da proteção ao redor do reator 4 da usina de Chernobyl, que previne vazamentos de radiação. A construção atual foi feita pelos soviéticos e está com fendas e buracos, o que exige uma nova cobertura.

Em 2012, um consórcio internacional iniciou a construção de uma nova redoma, que deve ficar pronta no final de 2016. A estrutura em forma de arco terá 108 metros de altura, 150 de largura e 256 de comprimento.

(Com EFE e Reuters)

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