Vídeo: Chefe jihadista usa relógio caro e condena luxo
Proclamado “califa” do Iraque e da Síria, o terrorista Abu Bakr al-Baghdadi usou na primeira aparição pública acessório que pode custar mais de 13.000 reais
A primeira aparição pública de Abu Bakr al-Baghdadi, o chefe do grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), em um vídeo no sábado não provocou controvérsia apenas pelo conteúdo do discurso, mas também por uma acessório que o terrorista usava no braço e que apareceu enquanto ele gesticulava: um relógio de luxo cromado. Segundo o jornal britânico Daily Telegraph, acredita-se que o acessório seja da marca Rolex ou um Omega Seamaster, e custaria até 3.500 libras (pouco mais de 13.000 reais). Internautas logo apontaram que o relógio contrastava com o discurso do terrorista, que afirmou que pretende devolver a “dignidade, poder, direitos e liderança” ao mundo muçulmano. “Eu não prometo o que reis e líderes prometem para seus súditos e seguidores – luxo, segurança e lazer, mas eu prometo o que Deus promete para os que acreditam nele”, disse ele no vídeo.
Logo depois que o detalhe ganhou as redes sociais, alguns internautas passaram a ridicularizar o extremista e criaram a hashtag #asktheCaliph, fazendo perguntas sobre a marca do relógio e até sobre quem vai vencer a Copa do Mundo. Apesar de caro, o relógio pouco representa para as finanças do EIIL. Segundo uma reportagem do The Guardian citando fontes da Agência de Inteligência americana (CIA, na sigla em inglês), os jihadistas possuem cerca de 2 bilhões de dólares (4,4 bilhões de reais). Boa parte disso foi saqueada dos cofres de bancos e empresas de Mosul, a segunda maior cidade do Iraque, que foi tomada pelo EIIL.
O que é um califado?
É um Estado islâmico governado por um único líder político e religioso, o Califa.
Califas são considerados por seus seguidores como sucessores de Maomé e soberanos sobre todos os muçulmanos.
O primeiro califado surgiu depois da morte do profeta Maomé, no ano de 632.
Nos séculos que se seguiram, foram criados outros califados no Oriente Médio e no Norte da África.
O último califado foi abolido em 1924 pelo líder turco Kemal Ataturk, criador do Estado moderno turco, depois do colapso do Império Otomano.
Histórico – No último dia 1º de julho, os jihadistas proclamaram Abu Bakr al-Baghdadi como o califa de um novo Estado islâmico na fronteira entre Iraque e Síria e o “líder dos muçulmanos em todos os lugares”. A criação de um califado é o principal objetivo dos insurgentes sunitas que há semanas iniciaram uma forte ofensiva contra as forças de segurança iraquianas, controladas pelo governo do primeiro-ministro xiita Nuri al Maliki.
De acordo com Aymenn al-Tamimi, especialista em grupos islâmicos, o “califa” foi visto em um vídeo de 2008, mas com um nome diferente. Por anos, souberam-se muito poucos detalhes sobre Baghdadi. Segundo a Casa Branca, Abu Bakr al Baghdadi nasceu em Samara, ao norte de Bagdá, em 1971, entrou para a insurreição no Iraque pouco depois da invasão liderada pelos Estados Unidos em 2003 e no ano seguinte chegou a passar alguns meses preso em um campo de detenção americano até ser solto. Em 2005, os amerianos chegaram anunciar a morte dele numa incursão próxima da fronteira da Síria, só que Baghdadi reapareceu no Iraque em maio de 2010, à frente do Estado Islâmico do Iraque, que depois acrescentou o “do Levante” ao nome.
Os Estados Unidos, que ficharam Al Baghdadi como terrorista em outubro de 2011, haviam informado em 2013 que ele estaria provavelmente na Síria. O rosto de Baghdadi foi mostrado apenas em janeiro de 2014, quando as autoridades iraquianas divulgaram, pela primeira vez, uma foto em preto e branco mostrando um homem barbado e calvo, usando terno e gravata
https://youtube.com/watch?v=WyzEVBAc8S4
Premiê ucraniano diz que haverá Terceira Guerra Mundial se Rússia vencer
A mais longa das noites: países árabes cooperaram com Israel contra Irã
O curioso elogio a Wagner Moura em ‘Guerra Civil’, segundo americanos
Filho de Renata Lo Prete diz como se inspira nos horários notívagos da mãe
Pesquisa revela o tamanho do prejuízo em bares e restaurantes no RJ
