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Ucrânia diz que interceptações telefônicas envolvem a Rússia

Conversas entre separatistas pró-Moscou e oficiais de inteligência russos indicariam responsabilidade sobre queda de avião no leste da Ucrânia com quase 300 civis a bordo, diz chefe de Segurança Valentyn Nalivaychenko

Por Da Redação
17 jul 2014, 20h42

O chefe de Segurança de Estado da Ucrânia acusou autoridades militares de inteligência da Rússia de envolvimento na derrubada do avião da Malaysia Airlines, que caiu nesta quinta-feira com 298 pessoas a bordo. Valentyn Nalivaychenko afirmou que a acusação tem como base interceptações telefônicas de conversas entre os oficiais russos e entre homens de inteligência e separatistas ucranianos pró-Moscou.

“Agora vocês sabem quem cometeu este crime. Nós vamos fazer de tudo para que os militares russos sejam punidos por este crime”, disse o chefe da SBU. Mais cedo, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko chamou o episódio de “ato terrorista”.

As conversas às quais Nalivaychenko se refere foram publicadas na internet. Nas gravações, três homens, identificados pelos codinomes ‘Demon’, ‘Mayor’ e ‘Grek’, entram em pânico ao perceber que tinham abatido um avião de passageiros e provocado a morte de civis. Segundo uma tradução divulgada pelo Kiev Post, o oficial diz: “Nós acabamos de derrubar um avião”. Em outro trecho, um separatista no local da queda percebe que “era 100% uma aeronave de passageiros”.

Post apagado – Um perfil em uma rede social também veio à tona como mais uma indicação de que rebeldes derrubaram o Boeing 777. A página é atribuída a Igor Girkin, que usa o nome de guerra Strelkov e se autoproclama comandante militar dos separatistas.

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O post publicado afirma “nós acabamos de derrubar um An-26 perto de Torez”, o que sugere que os grupos separatistas teriam pensado que se tratava de um avião militar. “Nós avisamos que não voassem em ‘nosso céu'”, segue o texto, que posteriormente foi retirado do ar. “Uma área residencial não foi atingida e pessoas inocentes não foram machucadas”, relatou o post.

O Boeing 777 voava de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia. A aeronave caiu em Torez, perto de Shakhtersk, cerca de 50 quilômetros a leste de Donetsk, perto da fronteira entre Donetsk e Lugansk, áreas autodeclaradas independentes pelos separatistas. Representantes de grupos pró-Moscou negaram envolvimento com a queda, alegando que seus armamentos têm alcance de 3.000 metros, informou a Interfax. As Forças Armadas da Ucrânia também negaram responsabilidade sobre a tragédia.

Ao jornal britânico The Guardian, Dmitry Peskov, porta-voz de Vladimir Putin, classificou de “estupidez” as alegações de que a Rússia está envolvida na queda do avião. O presidente russo recorreu a um discurso distorcido para se defender, ao afirmar que o governo ucraniano em Kiev é responsável pela derrubada da aeronave por ter criado um cenário para a tragédia ao não negociar com os rebeldes.

Autoridades informaram que a maioria das pessoas a bordo era holandesa (154 pessoas). Também havia australianos (27), malaios (23), indonésios (11), britânicos (6), alemães (4), belgas (4), filipinos (3) e um canadense. Há informações de que 23 norte-americanos também estariam no voo MH-17, mas isso não foi confirmado oficialmente. O Itamaraty informou ainda ter recebido nenhuma informação sobre a possibilidade de algum brasileiro estar no voo. Após a tragédia, o espaço aéreo do leste da Ucrânia foi fechado.

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Ucrânia acusa Rússia de derrubar um de seus caças

Local da queda do avião na Ucrânia

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