Chefe de Gabinete de Cristina rasga o jornal ‘Clarín’ em coletiva
Jorge Capitanich afirmou que há um “confronto de meios opositores” contra o governo. 'Clarín' publicou uma reportagem que foi desmentida pela Justiça
O chefe de Gabinete do Executivo da Argentina, Jorge Capitanich, rasgou em pedaços páginas do jornal Clarín [confira vídeo abaixo] nesta segunda-feira durante uma entrevista coletiva. Capitanich denunciou um “confronto político de meios opositores” contra o governo, após a Justiça argentina ter desmentido recentemente uma notícia do jornal sobre a presidente Cristina Kirchner.
Capitanich rasgou as páginas com uma reportagem sobre a existência de um esboço da denúncia do procurador-geral Alberto Nisman, morto em circunstâncias não esclarecidas, no qual ele solicitaria a prisão de Cristina Kirchner por acobertamento de acusados iranianos pelo atentado de 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia). Após rasgar as páginas do jornal, o chefe de Gabinete advertiu que em 2015 a “perseguição da mídia vai uma dinâmica muito ativa neste ano eleitoral”.
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Alberto Nisman foi encontrado morto em seu apartamento com um tiro na cabeça na véspera de apresentar no Congresso detalhes de sua denúncia contra a presidente argentina e vários de seus colaboradores. Segundo Nisman, a denúncia se baseia em evidências reunidas mediante escutas telefônicas sobre as manobras do governo argentino para “livrar de toda suspeita os acusados iranianos” e “fabricar a inocência do Irã” no atentado contra a Amia, que deixou 85 mortos.
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Vídeo: Capitanich rasga o jornal ‘Clarín’
(Com agências EFE e France-Presse)