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Chacina no México: DNA do primeiro estudante é identificado

Alexander Mora foi identificado no sábado, enquanto outras 42 vítimas ainda aguardam reconhecimento. Identificação está em curso na Áustria

Por Da Redação
7 dez 2014, 19h31

Após a identificação dos restos mortais de um dos 43 estudantes mexicanos desaparecidos desde setembro, médicos legistas farão novos exames para identificar outros jovens, informou neste domingo o procurador-geral da República, Jesús Murillo Karam. Os restos examinados do estudante identificado como Alexander Mora foram encontrados em uma região do estado de Guerrero, ao sul do país. Esse é o local onde pistoleiros disseram ter assassinado e depois incinerado os corpos dos estudantes.

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Em novembro, 17 amostras de corpos totalmente carbonizados foram enviadas a um laboratório da Universidade de Innsbruck, na Áustria, que transmitiu à procuradoria os primeiros resultados na quinta-feira. “A amostra foi submetida, junto com outras 16, a procedimentos de extração de DNA nuclear, ou seja, do núcleo da célula, usando uma técnica altamente sensível”, explicou Murillo Karam. “Esta amostra só deu um resultado positivo. Os estudos na universidade continuam para tentar obter amostras que possam dar resultados com outras técnicas de investigação forense”, afirmou.

O procurador-geral da República ressaltou que esta identificação “reforça a reconstrução histórica” feita pela promotoria sobre este crime bárbaro. Na ocasião, os jovens foram massacrados por pistoleiros do narcotráfico.

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Alexander e outros 42 colegas de uma escola rural de magistério desapareceram na noite de 26 de setembro em Iguala (Guerrero), após terem sido atacados a tiros por policiais locais.

Segundo declarações de presos e outras provas, a procuradoria acredita que os policiais entregaram os jovens a pistoleiros do cartel Guerreros Unidos, para o qual supostamente trabalhava o prefeito de Iguala.

Os pistoleiros teriam assassinado os jovens e incinerado seus corpos em um lixão afastado da cidade de Cocula, vizinha a Iguala. Os restos carbonizados, e depois triturados, foram colocados em oito sacolas e atirados em um rio. A Procuradoria conseguiu recuperar um dos sacos fechados.

Até agora, as famílias das vítimas se negavam a acreditar nesta versão e exigiam que o governo redobrasse os esforços de buscas dos jovens.

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Segundo o governo mexicano 80 pessoas foram presas por vínculos com o crime, inclusive o prefeito de Iguala e a esposa dele. Outras onze pessoas são suspeitas de participação direta no massacre e na incineração dos corpos. “Vamos continuar com a investigação até prender todos os culpados. Não podemos nos permitir outro luto como este”, enfatizou o procurador.

Desde o sequestro, dezenas de milhares de mexicanos marcharam em protesto em todo o país. Enquanto a maioria das marchas foi pacífica, professores e estudantes radicais queimaram edifícios governamentais de Guerrero. Outros manifestantes bloquearam a estrada que liga a Cidade do México a Acapulco, a praia mais badalada do Estado.

O crime de Iguala gerou uma indignação nacional sem precedentes recentes, mergulhando o presidente Enrique Peña Nieto na pior crise de popularidade de seus primeiros dois anos de mandato.

(Com Agência EFE)

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