Centenas de famílias serviriam de escudos humanos ao EI em Falluja, diz ONU
Com o apoio da coalizão internacional, as forças iraquianas tentam recuperar a cidade do controle dos extremistas
A Organização das Nações Unidas (ONU) teme pelo destino de mais de 300 famílias iraquianas, que podem ter sido tomadas como escudos humanos pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na cidade de Falluja. Há uma semana, as forças iraquianas tentam recuperar essa cidade do controle dos extremistas.
Responsáveis da ONU receberam “informações de que famílias estão reunidas no centro da cidade pelo Daesh [acrônimo do EI em árabe] e não são autorizadas a deixar o lugar”, disse à imprensa a enviada adjunta da ONU para o Iraque, Lise Grande.
“Isso permite pensar que o Daesh poderia utilizá-los, ou teria a intenção de utilizá-los, como escudos humanos”, acrescentou. Essas famílias “estarão em grande perigo, se começar um combate militar”, advertiu.
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Apoiadas pela aviação da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos e conduzidas pela unidade de elite iraquiana antiterrorismo, as forças governamentais entraram na segunda-feira na periferia de Falluja, no oitavo dia de ofensiva para retirar o EI da cidade situada 50 quilômetros ao oeste da capital Bagdá. Estima-se que 50.000 civis estejam impedidos de deixar a cidade.
Para os especialistas, essa batalha se anuncia longa e difícil, já que o grupo radical está instalado em Falluja desde janeiro de 2014, quando conquistaram a cidade, um dos principais feudos extremistas no Iraque junto com Mossul, no norte do país.
(Com AFP)