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Capitão volta ao Costa Concordia dois anos após naufrágio

Schettino acompanha inspeção e diz que pretende “restaurar a verdade”

Por Da Redação
27 fev 2014, 11h42

Pela primeira vez depois de mais de dois anos do naufrágio do Costa Concordia, o capitão Francesco Schettino voltou a bordo do navio nesta quinta-feira. Ele responde por várias acusações ligadas ao acidente que deixou 32 mortos na noite do dia 13 de janeiro de 2012, entre elas homicídio culposo e abandono de embarcação. Se for condenado, pode pegar até 20 anos de prisão.

Schettino disse ter voltado ao navio para “restabelecer a verdade”, segundo declarações reproduzida pela imprensa italiana. Ele chegou na ilha toscana de Giglio na terça-feira e teria chorado ao ver a carcaça do cruzeiro. Nesta quinta, ele negou ter chorado. “Não é verdade que chorei. Quem espalha notícias como esta quer me ver passar por um fraco, exatamente como aconteceu há dois anos. Mas eu não sou assim. Estou tentando mostrar que sou um homem honesto, não um covarde”.

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O navio, que transportava mais de 4.000 pessoas no momento do acidente, entre passageiros e tripulantes, ficou submerso até setembro do ano passado, quando começou uma megaoperação para endireitá-lo que custou 800 milhões de dólares. (Continue lendo o texto)

O capitão perdeu sua licença marítima e é a única pessoa ainda sendo julgada por acusações ligadas ao naufrágio, depois que quatro tripulantes e um representante da empresa que opera o cruzeiro serem condenados a até 34 meses de prisão, depois de alegarem culpa no ano passado. Um pedido de acordo apresentado pela defesa de Schettino foi negado pela promotoria.

Na condição de comandante da embarcação, ele diz ter alguma responsabilidade pelo acidente, mas alega não ser o único culpado e nega ter abandonado o navio. Em uma entrevista a uma emissora de televisão no ano passado, Schettino pediu perdão ao falar das vítimas do naufrágio.

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A investigação já foi atingida por alegações de que dois funcionários da empresa proprietária da embarcação, a Costa Cruzeiros, estiveram a bordo da carcaça sem autorização – informações que estão sendo apuradas em um inquérito separado. A volta de Schettino, por sua vez, ocorre junto com uma equipe de especialistas apontada pelo tribunal. O juiz Giovanni Puliatti ressaltou que o capitão participa da inspeção “na condição de réu e não como consultor”. O magistrado acrescentou que ele está a bordo apenas para ajudar, não para fazer perguntas.

Os advogados de defesa afirmam que a perícia poderá apontar se os equipamentos estavam funcionando adequadamente ou se algum problema mecânico causou o acidente ou piorou as condições durante a evacuação do navio na noite do naufrágio. “Pedimos por essa checagem durante dois anos”, disse Domenico Pepe, um dos defensores do capitão. “Se o gerador tivesse funcionado da forma correta, nada teria acontecido. Sem o gerador, o leme, as luzes, as portas, as bombas de água e os barcos salva-vidas não funcionaram”.

(Com agência Reuters)

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